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Maria do Carmo

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As proezas dos educadores e educadoras

14/10/2016 às 17h10

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O professor e a professora planejam proezas com resultados mágicos. É um exercício difícil e árduo, ao mesmo tempo gratificante. Considerar a individualidade cada aluno estimulá-lo o desenvolvimento das habilidades e competências através das instruções oferecidas nas aulas é uma façanha.

Através dos conteúdos de cada disciplina, aplicar métodos e técnicas para  acontecer a aprendizagem dos educandos é preciso muita perseverança uma vez que, uma grande parcela de alunos é oriunda de realidades familiares conturbadas e no contexto atual, há um bombardeio de distorções sobre a compreensão da importância do ato estudar. Enfrentar estas dificuldades é ter coragem de nadar contra a corrente e fazer da sala de aula o espaço do desbravamento de novos mundos. É uma batalha no campo educacional no qual professores, professoras, e alunos  e alunas são os heróis e heroínas.

Os paradoxos: as aulas são preparadas com grande otimismo num clima de alegria (leituras prévias, pesquisas sobre o assunto, a busca de metodologias, seleção de recursos didáticos adequadas ao conteúdo, cuidado com o discurso a fim de ser compreendido pelo aluno), enfim, pensam estes profissionais, “tudo vai dar certo”. Chegando à sala de aula, muitas das vezes esta atmosfera de felicidade se dissolve porque há as complicações no entendimento de vários alunos de não querer aprenderem algo que está sendo oferecido, “parece que nada agrada”, mas o entusiasmo é o forte, sabendo os(as) educadore(as) que à frente deles(as) há tantas mentes cedentes do saber e uma vez terminada aula, quantas riquezas foram assimiladas pelos estes alunos(as).

O ecletismo: saber ministrar as aulas é fundamental, porém outros desafios conduzem o professor e a professora a saírem da condição de mediador do conhecimento   passando a ser diagnosticadores dos problemas de ordem emocionais de determinado(a) aluno(a). Até que a conversa informal surtem bons efeitos entre ambos para uma parte dos conflitos serem superados e  por conseguinte  o despertar  para estudar. Já não se dá aulas antenadas só nos livros, nos conteúdos, mas também com os olhos do coração, a observação do  porquê no olho vermelho e triste de um aluno, a palidez e  o desinteresse de outro, da menininha  que antes era alegre de cabelos arrumados  e de repente deixa de usar  o batom: são observações silenciosas feitas pelos educadores na busca de respostas no sentido de minimizar o sofrimento de alguém porque o(a) educado(a) sabe que para acontecer a aprendizagem é necessário que o aprendiz esteja fisicamente e emocionalmente bem.

As inovações: claro que a chegada do quadro branco nas escolas foi bem vinda não deixa de ser uma grande inovação, quantos tempos passaram e o uso do giz foi  o causador nos educadores de doenças de pele e respiratórias, “hoje está muito bom” no entretanto os abastecedores de tinta para os pincéis são comprados pelos próprios educadores,“precisa-se dar aulas, precisa-se escrever no quadro” o que foi escrito na lousa pode ser apagado, mas o resultado para o aluno perpetuará, custou caro para o professor e de graça para as instituições. “Valeu o sacrifício”.

Professores e professoras eternos alunos: a vontade de aprender nunca acaba; cada mente é um celeiro do conhecimento, o qual sempre é voltado para facilitar o desenvolvimento e o progresso de quem mais tarde poderá transformar o mundo. Cursos de graduações e formação continuada: pós-graduação, mestrado e doutorado são opções que proporcionam aos educadores  inovar-se no campo do magistério, contribuindo para melhoria na qualidade do ensino. Por outro lado, fica no esquecimento o reconhecimento por parte do órgão empregatício dos esforços destes educadores e seus direitos não são respeitados através de uma remuneração não compatível com níveis de qualificação dos profissionais da educação. Mesmo assim não se acomodam. Estudam buscando o aperfeiçoamento

O trabalho precavido: A chegada dos recursos tecnológicos na sala de aula, as tecnologias da informação e comunicação agregando-se aos livros e revistas enriqueceram as possibilidades das aulas dinâmicas. O grande segredo está na criatividade e capacidade do(a) professor(a) fazendo uso destas ferramentas numa mesclagem do tradicional e do novo.Utilizar  os recursos tecnológicos é salutar, porém ser preparado(a) para os imprevistos é tranquilo, parar a aula porque o data show não está funcionando é preocupante.Se a folhinha está com o plano pronto a aula acontecerá com sucesso.Percebe-se também que os currículos não estão atraindo o interesse do aluno  espera-se que com a reformulação da Base  Nacional Comum  contorne esta situação, com propostas de conteúdos com mais significação e de encontro à realidade do aluno

Múltiplas incumbências: “não sei o que fazer” expressão como esta e outras desanimadoras estão presentes nos discursos de muitos pais e mães quando são chamados à escola, é mais uma tortura para professores e professoras cientes de que grande parte do seu trabalho é resultante da colaboração da família. O que fazer se escola não dispõe de um corpo técnico para tratar da educação emocional e o despertar da inteligência emocional nas famílias  no espaço escolar? Os pais trouxeram os filhos para a escola e os educadores têm a obrigação de educá-los. É esta a visão. E agora educador(a)? Vamos mais uma tarefa! Viabilizar condições para aproximar pais e educadores é o caminho que se dispõe, uma vez  o educador conhecendo a realidade familiar dos alunos fica mais fácil de entendê-los e considerar a sua forma de apreender o que é orientado.

Ser professor (a) é ser acrobata, é ter firmeza no espaço que poderão ser os degraus para aqueles que na plateia não só assistem, mas adquirem o aprendizado e assim crescem, desenvolvem-se, criam perspectivas e constroem novas realidades. Diz Milton Nascimento “é preciso ter fé, é preciso ter coragem”. Parabéns aos professores e professoras.

Professora Maria do Carmo de Santana

Cajazeiras – Outubro de 2016


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Maria do Carmo

Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

Contato: [email protected]

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Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

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