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Fernando Caldeira

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Anísio, Trócolli, Anastácio, Jeová e a bancada federal

06/06/2016 às 18h57 • atualizado em 08/06/2016 às 19h03

Câmara Federal rejeita PEC (Banco de imagens da Câmara dos Deputados/VEJA)

Por Fernando Caldeira

Esses quatro deputados estaduais da Paraíba têm mais coisas em comum do que possa parecer.

Primeiro, todos já foram parlamentares de oposição. Segundo, todos hoje são parlamentares de situação. Terceiro, todos esposam o mesmo sentimento em relação a atuação da bancada federal paraibana no Congresso Nacional.

Essa constatação se deu por ocasião de alguns acontecimentos: a audiência pública da Zona Franca do Semiárido, em Cajazeiras, a audiência da Frente Parlamentar da Água, em Brasília, com o então Ministro da Integração, Gilberto Occhi, entre outros, onde quase nunca os srs parlamentares aparecem.

Tanto num quanto noutro, o que se viu foi a pífia participação de deputados federais e senadores paraibanos, a quem estão afeitos tais assuntos. Ou seja, por que representantes do povo paraibano em Brasília deram pouquíssima importância a temas tão importantes para a vida e o desenvolvimento do Estado?

Cada um daqueles deputados, título deste artigo, manifestaram-se em relação a isso. Anísio Maia, do PT, foi duro: “nossa bancada federal é muda e só quer autopromoção.” Já Trócolli Júnior, do PMDB, também não deixou por menos: “a bancada federal é desunida.” Frei Anastácio disse que “essa bancada só pensa em si própria.” Por fim, Jeová Campos, do PSB, externou sua observação crítica: “nossa bancada federal precisa acordar.”

Muda, desunida, introspectiva e sonolenta. Assim é a bancada de 15 parlamentares federais, 12 deputados e 3 senadores, que representa os paraibanos em Brasília, na visão de Anísio, Trócolli, Anastácio e Jeová.

Mas erra quem imaginar que tal avaliação é exclusiva deles, somente. Não é não. É deles e de mais alguns milhões de paraibanos que se vêm usados eleitoralmente. O sentimento que graça no povão, é de que ele só serve para votar e mais nada. Votou? Pronto, povo agora só daqui há quatro anos.

E lá vão os “nossos representantes” eleitos para Brasília. João Pessoa-Brasília / Brasília-João Pessoa. Plenário, gabinete, comissões, ministérios, Palácio do Planalto, Palácio Jaburú, almoços, jantares, recepções…, Brasília-João Pessoa / João Pessoa-Brasília…, oh vida estressante! E o povo, depois de votar, só assiste.

Duvidam? Façam uma pesquisa e perguntem ao paraibano se ele se sente representado em Brasília? Excetuando-se raríssimas exceções, a grande maioria da bancada federal está distante geográfica e sentimentalmente do povo. Legislam sem ouvi-lo, votam sem consultá-lo e posicionam-se sem considerá-lo. Pior, exercem os mandatos delegados como se dele fossem proprietários e não posseiros.

E assim, muda, desunida, introspectiva e sonolenta, como afirmam Anísio, Trócolli, Anastácio e Jeová, a bancada federal não nos representa. Infelizmente!


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

Contato: [email protected]

Fernando Caldeira

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Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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