A violência e falta de conscientização na escola
A violência nas escolas públicas estaduais e municipais especificamente na Paraíba vem preocupando a todos, principalmente os paraibanos que trabalham na educação, isso não me deixa nem um pouco alegre, ao contrário, na condição de professor sempre lutei pela paz e uma escola pública melhor para todos, pelo menos no sentido de conscientizar o aluno em prol da dignidade humana, sempre que possível na sala de aula, procuro mostrar o verdadeiro objetivo a ser exercido pelo aluno e o seu verdadeiro papel na futura sociedade.
Vejo com muita tristeza, a divulgação de fatos violentos nas escolas. Esse resultado me deixa bastante preocupado e apreensivo, apesar de acreditar que tudo pode mudar, mas desconfio que o futuro nas escolas poderá ser muito mais trágico do que no momento atual, as autoridades competentes precisam está atentas ao assunto e não deixar para falar somente durante as campanhas políticas, o povo já não suporta mais tanto promessa e nada se resolve, se não houver uma rápida providência, tudo tende a caiu numa realidade triste. Projetos sempre são apresentados durante as campanhas políticas partidárias em prol da melhoria na educação, o mais interessante é que todos os políticos sabem como resolver o problema, mas a maioria deles tem o fino propósito enganar o povo, os eleitos dificilmente realizam o prometido.
De qualquer forma, não sou do time do “quanto pior, melhor”; ao contrário, quero ver uma educação de qualidade a partir de dados reais e concretos, todos os esforços sejam feitos para reverter de forma rápida e definitivamente esse quadro terrível em que se encontram alunos, funcionários, professores e diretores da rede educacional na Paraíba.
Há outro ponto que precisa se discutir na Paraíba, a direção das escolas faz as reivindicações às gerencias regionais de ensino que tem o papel de encaminhar o problema da escola para ser resolvido na Secretaria de Educação do Estado. Em alguns casos a política partidária rola no centro e estes problemas muitas vezes vão sendo deixados de lado, prejudicando com isso o bom funcionamento de uma Escola.
Vamos enumerar alguns pontos que faltam em diversos setores ligados às escolas e a sua formação.
As deficiências da escola com relação à família.
1. Desagregação familiar: separações, mortes, consumo de drogas, falta ou inversão de valores morais e éticos, desprestígio da educação, carência afetiva dos filhos com os pais e a escola.
2. Pais omissos: ausentes dos problemas escolares, coniventes com os erros dos filhos, não incentivando aos estudos, não impondo limites aos filhos, jogando para a escola a responsabilidade da família.
3. Carências múltiplas: desemprego, miséria, exclusão social, falta de tempo para os filhos.
4. Falta de religiosidade, falta de apoio psicológico e assistência social que deveria ser dada gratuitamente ao conjunto: todos da escola e aos pais pago pelo governo.
As deficiências da escola com relação aos alunos:
1. Falta de perspectivas, descrença nas instituições, desinteresse pela escola, falta de identificação com os professores e com a escola.
2. Dificuldades de aprendizagem, fracasso escolar.
3. Influência negativa da mídia e banalização da violência e consumo de drogas•
4. Falta de interesse das crianças e dos adolescentes associada à falta de projetos multidisciplinares, extracurriculares (prática de esportes, prática musical, exercício da solidariedade, trabalhos comunitários, etc…).
As deficiências da escola com relação aos professores e à própria escola:
1. Falta de professores, desestímulo, descompromisso, baixos salários, jornada excessiva de trabalho, formação deficiente, falta de habilitação, metodologia inadequada, rotatividade excessiva, falta de treinamento e capacitação. Quando tem capacitação e formação é na maioria das vezes mal direcionada, com metodologia inadequada ou ainda realizada em final de semana ou férias, período de descansa do professor.
Falta de espaços físicos adequados para as atividades do cotidiano.
1. As deficiências da escola com relação ao sistema;
2. Problemas com o sistema escolar nas mudanças bruscas sem o prévio preparo, currículo defasado, inadequado e restritivo, módulo incompleto, descaracterização da progressão continuada em promoção automática, centralização excessiva das decisões (nos órgãos superiores).
3. Conselho Tutelar pouco atuante ou muitas vezes agindo contra os interesses da escola.
Conclusão: é muito alto o índice de violência nas escolas nos dias atuais o que demanda e nos convida a uma urgente providência. Precisa haver envolvimento de políticas públicas de enfrentamento da questão levada com seriedade e leis que faça ser comprida por parte de todas as normas da escola. São necessárias ações efetivas, que envolvam, obrigatoriamente, a escola, as famílias e os órgãos públicos a cumprirem os seus papeis.
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