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Francisco Inácio Pita

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A vida e os desafios dos trabalhadores nordestinos

10/04/2025 às 19h41

Coluna de Francisco Inácio Pita - Foto: Repórter Brasil

Por Francisco Inácio Pita – Recentemente, um grupo de trabalhadores de São José de Piranhas, Monte Horebe, Bonito de Santa, Serra Grande, Carrapateira, e outras cidades vizinhas e até de Mauriti e Barro do estado do Ceará, seguiu com destino à Usina Vista Alegre, localizada em Itapetininga, São Paulo. Eles foram para o corte e cultivo da cana-de-açúcar com a intenção de conseguir uma renda melhor para a sua sobrevivência e de seus familiares. Pelo lado resolve o problema da insegurança financeira e até alimentar, mas, por outra vertente, se distancia da família por certo tempo, deixando saudades, e muitos casamentos são desfeitos, principalmente quando se trata de cônjuges com poucos anos de casados e com uma idade civil abaixo de 25 anos.

Alguns dias atrás, sertanejos de diversas cidades do sertão viajaram em busca de trabalho na colheita da maçã no Rio Grande do Sul. Segundo a justificativa deles para seguir a tal viagem, tão distante da nossa região, é devido à falta de emprego e renda nos sertões da Paraíba e Ceará, fazendo com que os genitores tenham que se separar temporariamente e sigam à procura de um trabalho fora da nossa região para gerar emprego e renda. A diária para esse trabalho é de 120 reais, enquanto no sertão nordestino, a diária rende em média 70 reais.

Por que verdadeiramente esses trabalhadores vão para fora de nossa região? Motivo simples: A falta de emprego e renda. Os gestores dos sertões nordestinos deveriam proporcionar a criação de ocupação e renda em nosso setor. Incentivar a construção de pequenas e médias empresas, dando estímulo financeiro, como: baixando os impostos através de decretos para quem se instalasse na sua cidade e gerasse emprego e renda.

A população de nossa região vive praticamente da aposentadoria do INSS, salários dos funcionários: federal, estadual e municipal, e bolsas sociais do governo federal.

Qual é a principal renda do homem do campo? A venda dos produtos agrícolas, que no período da safra tem o preço desvalorizado, a venda de animais como boi, porco e a criação de bode. O custo de vida está muito elevado e o povo está passando por dificuldades junto à sua família. Por isso, os mais novos e com toda a coragem vão para o corte de cana, colheita de maçã, deixando suas famílias temporariamente.

Aqueles mais dispostos encontram um local de trabalho como operário de serviços gerais. Conhecido entre nós como servente de pedreiro, o salário que recebe na diária é uma média de 70 reais.

Os pedreiros, como se trata de um emprego temporário e qualificado, têm uma renda melhor, com uma diária de 150 reais. Os que trabalham no acabamento final dos prédios, como a colocação de cerâmicas, recebendo por metros quadrados, têm uma renda melhor, a grande maioria sobrevive bem financeiramente e até consegue adquirir bens materiais como moradia própria e ter um transporte para passear nos finais de semana.

Mote: devemos seguir na vida
cada um tem que lutar.

Não podemos esquecer
da nossa função na terra
de pressa a vida encerra
lute forte para vencer
todos precisam saber
como vai enfrentar
não esquecer de amar
até a sua partida
devemos seguir na vida
cada um tem que lutar.

Deus está pela gente
precisamos encontrar
a forma de trafegar
de maneira inteligente
tocar a vida pra frente
como o bom caminhar
e sempre bem projetar
pra não ter a vida abatida
demos seguir na vida
cada um tem que lutar.

No passar do dia a dia
devemos bem se cuidar
nunca deixar de amar
pra não passar agonia
seguir reta a nossa guia
amando em todo lugar
ser bom e acompanhar
toda passagem seguida
devemos seguir na vida
cada um tem que lutar.

Finaliza mais projeto
de ideia e de cultura
vou seguindo com bravura
no caminho dessa reta
a vida fica completa
no setor do meu lugar
estou sempre a amar
seguindo bem minha lida
devemos seguir na vida
cada um tem que lutar.

A todos muito obrigado e até o nosso próximo encontro


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: pittadoradio@gmail.com
Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: pittadoradio@gmail.com

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