A Tecnologia 5G e a internet das coisas
Por Alexandre Costa(*)
Passou quase despercebida a publicação de uma portaria do Ministério das Comunicações-MCOM dando a largada para a implantação da tecnologia 5G no Brasil. Já em uso crescente nos países tecnologicamente mais avançados, a 5ª geração de redes móveis representa um enorme avanço no campo das telecomunicações no mundo moderno, na realidade o 5G não é uma simples evolução das suas antecessoras 3G ou 4G. É uma revolução! Esta portaria que estabelece diretrizes para o leilão do 5G no país possibilita inserir o Brasil no uso de umas das tecnologias mais avançadas do mundo na utilização de redes moveis de banda larga.
A tecnologia 5G chega prometendo um aumento de velocidade de 10 a 20 vezes maior do que a sua antecessora 4G, uma redução de 90% no consumo de energia, aumento de números de aparelhos conectados por área, e mais, oferece uma menor latência (Tempo de trafego de dados para chegarem ao seu destino) que possibilitará finalmente tornar realidade umas das maravilhas do século XXI: A internet das coisas (Internet of Things, IOT).
Essa tecnologia nada mais é que uma rede de objetos físicos interligados, capaz de conectar e transmitir dados, que vai revolucionar desde o cotidiano das nossas residências até a criação das cidades inteligentes (Smart City) que operam através de uma interconexão digital de objetos com a rede mundial de computadores que monitoram remotamente todos os serviços e equipamentos básicos de um município. A internet das coisas também possibilitará com eficácia o controle de todos os seus objetos e eletroeletrônicos de sua casa desde o sistema de abrimento e fechamento de portas, cortinas, até o abastecimento da sua geladeira que será feito remotamente por um dispositivo que despachará um pedido ao supermercado mais próximo solicitando repor os itens faltantes.
Previsto para ser publicado até fim desse semestre, o edital do leilão do 5G, aplica com maestria uma pegadinha na líder mundial em tecnologia 5G, a Hauwei, ao contornar o incidente diplomático com a China no episódio da liberação dos IFA—Ingrediente Farmacêutico Ativo, permitindo que a empresa, por questões de segurança nacional, participe de todas as etapas do leilão, exceto da rede privativa de comunicação 5G exclusiva para administração pública federal. É o jeitinho brasileiro funcionando em “banda larga”.
(*)Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, diretor da Fecomércio PB e presidente da CDL Cz.
Cajazeiras, janeiro de 2021
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