A rede 5G e o crescimento econômico do país
Por Alexandre Costa
Centrada num incessante desafio tecnológico de oferecer velocidade máxima com latência mínima, a nova geração de conectividade móvel (Rede 5G) estreou no Brasil na última quarta-feira (6) na cidade de Brasília com uma expetativa de cobertura, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), de todas as capitais brasileiras até o fim de setembro.
Sucessora da rede 4G, o 5G é a quinta geração de telefonia móvel, uma nova tecnologia de transportes de dados em rede vinculada a dispositivos moveis. O Ministério da Ciência e Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC) aposta na tecnologia enfatizando que o 5G não se trata de apenas de uma atualização de mais uma geração de conectividade de redes moveis e sim de uma revolução tecnológica indutora do desenvolvimento nacional.
De fato, estamos passando de uma conexão rápida para uma conexão instantânea. A nova tecnologia 5G, “versão pura” (standalone), chega utilizando uma faixa de rádio frequência de 3.300 MHz a 3.700 MHz com uma velocidade de até 1 a 10 Gbps (gigabits por segundo), 100 vezes maior que a média do 4G, com uma latência (reposta da conexão) de 1 milissegundo com potencial para conectar 1 milhão de dispositivos moveis por quilometro quadrado.
É a garantia de transferência de arquivos e consumo de streaming em tempo real assegurando de vez a nossa tão sonhada “Internet das Coisas”, facilitando a vida das pessoas, desenvolvendo as Cidades Inteligentes com serviços públicos eficientes, fortalecendo a competividade do agronegócio, viabilizando a Inteligência artificial a Telemedicina e o uso de carros autônomos além de turbinar o programa “Industria 4.0” que consolida estratégias tecnológicas para reerguimento da nossa indústria, se tornando num aliado fortíssimo para o desenvolvimento nacional. A Stellantis, donas das marcas Fiat e Jeep, já anunciam ganhos de produtividade de 7% em sua fábrica em Goiana em Pernambuco com a implementação da tecnologia 5G nos processos de produção dos seus carros.
Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontam uma projeção de investimentos de R$ 140 bilhões no país até 2025 para modernização de empresas com a implantação da nova tecnologia ultrarrápida de internet. Somente para soluções e serviços relacionados a Internet das Coisas, fecharemos o ano de 2022 com R$ 8,6 bilhões alocados. Embora esteja chegando no Brasil de forma incipiente em Brasília, a tecnologia 5G “pura” de última geração já está presente em mais 1300 cidades nos países mais desenvolvidos do mundo, como EUA, comunidade europeia e alguns países asiáticos.
Enfim, segundo esse mesmo estudo da CNI, somente a implantação do 5G no país tem potencial para gerar um aumento de 1 ponto percentual médio, por ano, no nosso Produto Interno Bruto (PIB) até 2035. O Brasil agradece.
Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário com MBA em Gestão Estratégica de Negócios, membro efetivo e fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras-ACAL
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário