A Paraíba avança
Por Alexandre Costa – Enquanto o governo federal patina na gestão das contas públicas na busca contínua do inatingível déficit zero, preconizado pelo arcabouço fiscal, o Brasil segue apresentando sucessivos déficits astronômicos de uma conta que não fecha nunca. Dados do Tesouro Nacional apontam que somente no primeiro semestre deste ano o rombo fiscal atingiu R$ 68,69 bilhões [55% a mais do mesmo período do ano passado] aliado a um amargo um prejuízo nas estatais de quase R$ 3 bilhões.
Embora tenha registrado um aumento das receitas, na ordem de 9%, a União simplesmente não consegue estabilizar as despesas, uma discrepância que leva bloqueios e contingenciamentos de verbas orçamentarias para programas governamentais estratégicos, inclusive os de cunho social, que respinga na popularidade do presidente.
Para piorar as coisas, além deste terrível desarranjo nas contas públicas o Banco Central apontou, no início desta semana, que o rombo nas contas governo está R$ 40 bilhões superior ao divulgado pelo Ministério da Fazenda. Uma constatação gravíssima que afeta a transparência e credibilidade de toda politica econômica do governo. Um imbróglio sem tamanho e de desfecho imprevisível, envolvendo o ministro da fazenda Fernando Haddad e o presidente do Banco Central Campos Neto, que a sociedade tem que cobrar explicações. Em tempos pretéritos isto tinha nome: pedaladas fiscais.
Na outra ponta deste festival de estatísticas econômicas ruins que travam o crescimento pleno da nossa economia surge algo que pode ser um paradoxo, mas denota nitidamente que as contas públicas sendo geridas de forma eficaz, planejada e responsável podem promover equilíbrio fiscal além de exibir desempenhos econômicos exuberantes.
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Este é um caso clássico que tornou a Paraíba um ponto fora da curva na bandalheira das contas publica do país. Estudo recente do Banco do Brasil denominado, “Resenha Regional de Assessoramento Econômico”, projeta uma taxa de crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB) de 6,8% para 2024, a maior taxa entre todos os estados da federação. Saímos da condição de patinho feio da economia brasileira para um patamar onde figuramos como o estado mais competitivo do Nordeste.
A Paraíba hoje figura no topo das agências classificadoras de risco financeiro, rating A na Secretaria do Tesouro Nacional e rating AAA da Standard & Poor’s. Uma proeza inédita para um estado que, lá atrás, o funcionário público tinha que fazer um empréstimo bancário para receber o seu 13° salario.
Evidente que o atual estágio auspicioso da economia paraibana não “caiu do céu”, percebe-se claramente que foi fruto de um esforço hercúleo, seriedade e zelo do governo do estado no trato das contas públicas. O governador João Azevedo literalmente está fazendo o dever de casa.
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