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Francisco Inácio Pita

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A mulher, ser que completa o homem

08/03/2009 às 09h04

Apesar de muitos homens cultivarem a machismo acentuado, a mulher é, e sempre será a complementação do homem. Não para os seus momentos de prazeres, mas para complementar a vida em tudo por tudo. A quem diga: mulher não sabe fazer nada, mulher não sabe conduziu um veículo, país tem 33% de motoristas do sexo feminino, segundo Denatran. Já o número de motociclistas mulheres cresceu 50% desde 2004. O número de mulheres com habilitação para dirigir automóvel cresceu 44% entre dezembro de 2004 e dezembro de 2008, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (6) pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). E o número de mulheres motociclistas aumentou 50% nestes quatro anos.

Mas com todo esse avanço ainda existem muitas outras frases são usadas por muitos homens que toma como base seus pensamentos falsos para reduzir o valor da mulher. De onde veio à mulher, graças a Deus, a mulher surgiu das inúmeras obras criadas. No livro Sagrado, no capitulo (1) que fala da criação do universo claramente, Deus criou o homem e vendo que não estava bom, criou também a mulher, e para completar a sua obra pôs ao homem um profundo sono e enquanto ele dormia retirou uma costela e desta costela fez a mulher. No seu imerso poder, Deus poderia ter feito a mulher de outra coisa, mas não, fez da costela do homem. E por que? Para que o homem a amasse como uma parte do seu corpo e criou logo um plano de amor para os dois.

Quantas mulheres já perderam a vida na luta pelos seus direitos e direitos dos outros. Exemplo na Paraíba foi de Margarida Maria Alves de Alagoa grande cidade do brejo Paraibana. Quem não já ouviu falar desta grande lutadora que perdeu a sua vida na luta. Veja parte de seu último discurso de Margarida antes de morrer: Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB), foi covardemente alvejada no rosto no dia 12 de agosto de 1983, em frente à sua casa e ao lado de seu filho, por ordem de José Buarque de Gusmão Neto, usineiro de Alagoa Grande, detentor de grande poder político e econômico no estado e, inclusive, no Colégio Eleitoral que elegia o Presidente da República na época da Ditadura Militar.

Para melhor entende veja parte da historia e luta de Margarida Maria Alves: Nasceu em 5 de agosto de 1933, na cidade de Alagoa Grande, na Paraíba. Em 1973 foi eleita presidente do Sindicato de Alagoa Grande, primeira mulher a ocupar um cargo deste no Estado. Durante 12 anos à frente do sindicato, foram movidas mais de 600 ações trabalhistas contra usineiros e senhores de engenho da Paraíba. Foi uma das fundadoras do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, cuja finalidade é, até hoje, contribuir no processo de construção de um modelo de desenvolvimento rural e urbano sustentável, a partir do fortalecimento da agricultura familiar. Margarida lutava pela defesa dos direitos do homem do campo, pelo décimo terceiro salário, o registro em carteira, a jornada de oito horas e as férias obrigatórias. Com o surgimento do Plano Nacional de Reforma Agrária, os latifundiários intensificaram a violência no campo. A morte de margarida abalou o Brasil inteiro até pela forma covarde como aconteceu.

O tiro foi disparado por um homem encapuzado que fugiu em um Opala vermelho onde outras duas pessoas o esperavam. Na época de sua morte, Margarida movia 72 ações trabalhistas contra fazendeiros. Os mandantes faziam parte do “Grupo da Várzea”, composto por 60 fazendeiros, 3 deputados e 50 prefeitos. O delegado da região identifica o criminoso, mas não consegue prendê-lo. Entre os autores do crime estavam o soldado da PM Betaneo Carneiro dos Santos, os irmãos e pistoleiros Amauri José do Rego e Amaro José do Rego, e Biu Genésio, motorista do veículo utilizado no crime e morto em janeiro de 1986 como “queima de arquivo”.

Agnaldo Veloso Borges, José Buarque de Gusmão e Antônio Carlos Coutinho Regis também estavam envolvidos em conflitos na região. Em 1984 foi lançado o filme “Margarida Sempre-viva” pelo Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, CENTRU, e PL Produções Visuais Ltda, de Recife. Em julho de 1988 o pecuarista Antônio Carlos Coutinho Reis foi absolvido da acusação durante julgamento. Um novo inquérito foi instaurado, mas entre indas e vindas da Justiça, os julgamentos foram sendo adiados sucessivamente.

Durante esses anos, alguns dos acusados morreram, outros foram presos por outros crimes e no caso de Margarida, a impunidade foi mais forte. Mas a sua luta continua sendo referência e o dia 12 de agosto, dia em que foi assassinada, se tornou o “Dia Nacional de Luta contra a Violência no Campo e pela Reforma Agrária”.

Dia 08 de março de 2009, se fosse viva, Maria bonita, companheira de Virgulino da Silva, o lampião, completaria 100 anos de vida.

Os direitos da mulher que tem provado sua imensa capacidade em diversos setores, como: representatividade popular, no trabalho, assumindo funções como a de Promotora, juiz, delegada e representatividade política. Não podemos desprezar o valor que a mulher tem.

A Rádio Senado apresentau e continuara apresentando reportagem especial na semana que se comemora o dia da mulher, aliás, todo dia é dia da mulher, A Lei Maria da Penha e as Mulheres. As discussões acerca da lei giram em torno dos resultados da pesquisa "Violência doméstica contra a mulher", tudo isso esta sendo discutido na Radio Senado.

Segundo esse levantamento, mulheres vítimas de violência relutam em denunciar agressores, apesar de terem conhecimento da lei que lhes garante proteção. Os motivos que levam as vítimas à ainda se sentirem acuadas e as garantias que a lei assegura às mulheres que também serão discutidos no programa. A reportagem foi ao ar nesta sexta-feira (6) à 18h, com reprise no sábado (7), às 10h, e no domingo (8), às 17h.

Na segunda-feira (9), o programa Conexão Senado pergunta a parlamentares e especialistas se há motivos para se comemorar o Dia Internacional da Mulher. As dúvidas são sobre os avanços e os entraves das mulheres no mercado de trabalho e na política. Também são discutidas as dificuldades no combate à violência doméstica e à exploração sexual de meninas. O Conexão Senado vai ao ar às 8h.

Já o programa Estação da Mídia entrevista a coordenadora da organização não-governamental Fundo Elas de Investimento Social, Madalena Guilhon. A jornalista comenta as ações da Rede de Mulheres em Comunicação, que reúne representantes de diferentes mídias, em favor da igualdade entre homens e mulheres. A entrevista vai ao ar na terça-feira (10), às 7h30.

Neste domingo, vamos comemorar mais um "Dia Internacional da Mulher", cuja origem remonta a um episódio trágico que aconteceu nos Estados Unidos há 150 anos. Em 1857, operárias de uma fábrica de tecidos de Nova York se rebelaram contra suas condições de trabalho, pois não tinham direito a praticamente nada e cumpriam uma jornada diária de 12 horas ou mais.

 A rebelião foi contida de forma violenta, o que provocou a morte de 129 tecelãs, que apareceram carbonizadas dentro da própria indústria. Em 1910 surgiu a idéia de se criar uma data para homenagear essas operárias e marcar um dia de luta feminina. Já em 1975 a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) decretou o dia 8 de março data oficial de homenagem às mulheres.

Embora a situação atual seja bem diferente daquela do século dezenove, a mulher ainda não conseguiu conquistar seu espaço e toda sua totalidade, como a mulher continua lutando e conseguindo ocupando cada vez mais espaço na economia, na política e na sociedade em geral, mas ainda há muito a ser feito para que seus direitos sejam efetivamente respeitados.

Um exemplo evidente dessa realidade pode ser constatado no fato de que, apesar de terem conseguido importantes conquistas na luta por igualdade e melhoria das condições de vida e trabalho, ainda é comum encontrarmos mulheres que ganham menos que os homens desempenhando a mesma função. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revelam que o rendimento médio mensal dos homens ainda é 50% maior que o das mulheres..

A saúde da mulher é outro assunto que merece atenção especial, sobretudo dos governos. O último Relatório sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil, desenvolvido pelo Programa das nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), apresenta números preocupantes: taxa de mortalidade materna de 124 para cada 100 mil mulheres, sendo a maior causa de morte ocasionada pela deficiência nos serviços de saúde e falta de qualidade no atendimento pré-natal e porque os governantes na implantam programas de assistência as mulheres gestantes e outros exames que o mulher deve fazer obrigatoriamente apartir de pelo menos 40 anos .

Por fim, a violência é outro aspecto negativo ainda presente na vida de muitas mulheres. Estima-se que 25% das brasileiras sejam alvos constantes de violência no lar. Em apenas 2% dos casos, o agressor é punido. O relatório já citado mostra que 66% das vítimas de agressões na família são mulheres, e quase sempre o homem é o agressor, muito freqüentemente o marido. Iniciativas como a criação das delegacias de mulheres tem contribuído para denunciar essa situação, mas não há estatísticas completas sobre a violência contra a mulher. O pior de tudo isso é que os fatos registrados não representam nem 10% da violência que realmente é praticada, sobretudo por vergonha ou medo por parte das vítimas.

Vamos rogar ao criador do universo que proteja as mulheres dos desamados e ignorantes cristãos da sociedade antiga e moderna do universo. Paz na terra aos homens de boa vontade.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

Francisco Inácio Pita

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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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