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Alexandre Costa

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A eleição bilionária chegou. A conta é sua!

18/04/2022 às 18h48

Coluna de Alexandre Costa

Por Alexandre Costa

A gritaria histriônica de segmentos culturais do país, na semana passada, pelo veto presidencial do projeto de lei denominado “Lei Paulo Gustavo” que previa um repasse na ordem de R$ 3,86 bilhões em recursos federais a estados e municípios para o mitigar os efeitos da pandemia da Covid-19 sobre o setor cultural, suscitou o debate sobre as reais prioridades de repasses de recursos públicos para a sociedade.

Aqui na paraíba esse coro de lamentações foi engrossado pelo deputado estadual Jeová Campos (PT), durante audiência pública na capital para debater os impactos dos cortes orçamentários para 2022 na Previdência Social. O deputado também denunciou que no corte orçamentário de 3,2 bilhões em áreas de saúde, infraestrutura, segurança, meio ambiente e assistência social, R$ 1 bilhão atingirá o INSS “prejudicando os trabalhadores mais vulneráveis que buscam um benefício para manter suas necessidades de sobrevivência”.

Os ruidosos e veementes protestos e reivindicações são extremamente justos e pertinentes, afinal cortes de verbas para área social e cultural não se justificam. O que não consigo entender é que parte da sociedade brasileira, inclusive o setor cultural, aliados aos conhecidos guerrilheiros digitas ideológicos “ignoram”, aliás, fazem que ignoram que umas das principais causas de falta verbas, como essa que eles reclamam, para atender áreas essenciais e estratégicas para desenvolvimento da nação é essa orgia desenfreada de dinheiro público para bancar campanhas eleitorais.

É um verdadeiro assalto aos cofres públicos, tudo travestido numa excrecência política e eleitoral embutida em 02 fundos, o fundo partidário e o fundo Eleitoral. Somente para 2022 serão mais 6 bilhões de reais que serão torrados nesses dois fundos. O maior deles o famigerado fundão eleitoral cuja nomenclatura oficial é Fundo Especial de Financiamento de Campanha vai liderar a gastança com R$ 4,9 bilhões seguidos do fundo partidário com mais de R$ 1 bilhão.

O fundo partidário cujo nome oficial é Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos foi criado inicialmente em 1995 para custear as despesas correntes dos partidos agora banca desde a compra e instalação de sedes suntuosas até aquisição de jatinhos.

O fundo eleitoral surgiu em 2017, quando o STF proibiu o financiamento privado de campanha devido os escândalos revelados na operação lava-jato, destinando-se a custear as campanhas eleitorais. Como temos pleitos eleitorais a cada dois anos a farra com o dinheiro público está garantida. Será preciso desenhar o porquê da ferrenha resistência do Congresso Nacional para unificar as eleições no Brasil? Aliás, essa resistência não parte unicamente dos congressistas uma grande ala de togados da Justiça Eleitoral detestam essa ideia que se vingar vai cortar uma “boquinha” de salários dobrados a cada dois anos.

E foi essa farra com dinheiro público originário de impostos do trabalhador e das empresas brasileiras com o seu dinheiro, aliás, com o nosso dinheiro, que tornou o Brasil o país que mais destina recursos públicos para campanhas eleitorais em comparação com as 25 principais nações do planeta. Tudo isso, fruto de um Congresso amoral que manipula o orçamento público para se auto beneficiar.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Alexandre Costa

Alexandre Costa

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

Alexandre Costa

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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

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