header top bar

Francisco Inácio Pita

section content

A educação e as idéias construtivistas

02/12/2009 às 15h21

Por Francisco Inacio

Não só no Brasil, mas em toda América, um de seus aspectos mais característicos e sugestivos é a crise periódica na educação, que se tornou, no transcurso da última década pelo menos, um problema político de primeira grandeza, aparecendo sempre no noticiário jornalístico. Certamente não é preciso grande imaginação para detectar os perigos de um declínio sempre crescente nos padrões elementares na totalidade do sistema escolar, e a seriedade do problema tem sido sublinhada apropriadamente pelos inúmeros esforços baldados das autoridades educacionais para deter a maré. Apesar disso, a maioria dos nossos representantes políticos não têm visto com bons olhos a crise educacional no Brasil, observa que os políticos pouco estão preocupados com as escolas, a maioria sucateadas, sem condições de funcionar ou funcionando precariamente. A falta de uma estrutura atualizada nem se fala, como o sistema informatizado para a administração da escola e o uso geral dos alunos, que logo de criança precisa esta ligada com o mundo globalizado.
para a nossa surpresa ainda existe na Paraíba escolas usando maquina datilografia para emitir documentos.

Apesar disso, se compararmos essa crise na educação com as experiências políticas de outros países no século XX, o Brasil precisa apenas de por em prática um percentual de 50% do que se falam nas campanhas políticas, são tantas coisas bonitas, mas na hora de administrá-las a coisa muda totalmente. Outra coisa que precisa é a organização do povo, o próprio povo não cobra dos políticos após a eleição, se o povo se organizar em comunidade terá mais força para lutar contra a aparente corrupção existente em nosso país.

Nesta etapa da escolaridade, espera-se que o aluno seja capaz de produzir respostas adequadas aos problemas atuais e às novas situações. Para isso, é necessário estimular seu senso crítico e sua capacidade criativa, esse é o verdadeiro principal papel do professor moderno.

O aluno deve entender que a sociedade em que vive se constrói e se reconstrói ao longo de gerações, ocupando espaços que são construídos e consumidos por eles. É preciso que saiba avaliar os processos sociais, analisando-os na esfera coletiva e verificando o reflexo deles na esfera individual. É por meio dessa ampla compreensão que o aluno se tornará um agente social capaz de intervir na realidade, um cidadão consciente de seus direitos e de suas obrigações. Além disso, o aluno deve apropriar-se das tecnologias e avaliar seu impacto no desenvolvimento e na estrutura das sociedades.

No Ensino Médio Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias devem permitir o entendimento e a utilização dos conhecimentos científicos, para que o aluno compreenda o funcionamento do mundo, saiba planejar, executar e avaliar as ações de intervenção na realidade. As ciências e suas tecnologias são produções humanas situadas num tempo histórico. É importante o aluno verificar que, embora o mundo seja o mesmo, os objetos de estudo são diferentes, porque são unidades de conhecimento geradas pelas ciências. A compreensão dos princípios científicos deve estar associada a problemas que o aluno se propõe a solucionar. Para isso, é interessante que o professor apresente situações reais ou simuladas nas quais o aluno possa aplicar esses princípios.

Por outro lado, no ensino médio das linguagens, códigos e suas tecnologias o professor precisa estuda e entender e ao mesmo tempo fazer uso das dinâmicas e questões situadas no espaço e no tempo, com implicações de caráter histórico, sociológico e antropológico. É necessário, portanto, não só refletir sobre as diferentes linguagens e códigos. É preciso reconhecer que as linguagens verbais, icônicas, corporais, sonoras e formais, dentre outras, se estruturam de forma semelhante a partir de um conjunto significativo de elementos (o léxico) e relações (as regras).

No eixo Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, a prioridade é dada ao ensino da língua portuguesa, como língua materna, pois ela integra o indivíduo ao meio social em que vive. Também é importante o domínio de uma língua estrangeira como forma de ampliar as possibilidades de comunicação com outras pessoas, o contato com culturas diversas e o acesso a informações. O domínio e o uso da informática são importantes facilitadores da comunicação, do acesso a informações e da resolução de problemas. Esse uso vai se dar nas atividades profissionais e lúdicas, na aprendizagem e no cotidiano de todos.

Neste bloco, estão ainda incluídas as áreas de artes e atividades físicas. As artes, incluindo a literatura, são as expressões criadoras e geradoras de significação de uma linguagem. As atividades físicas, por sua vez, devem promover a expressão e a comunicação por meio do domínio do corpo.

Ainda para o Ensino Médio um ponto importante é a interdisciplinaridade que deve ser entendida como a prática escolar que permitirá ao aluno estabelecer relações entre os diferentes campos do conhecimento. Não se trata de justaposição das diferentes disciplinas, nem de diluição dos conhecimentos num mar de generalidades. Nem todas as disciplinas se identificam e se aproximam. Há disciplinas que se diferenciam e se distanciam pelos métodos e procedimentos que envolvem, por seu objeto de estudo ou até pelas habilidades que mobilizam na pessoa que está investigando, ensinando ou aprendendo. A interdisciplinaridade supõe um eixo integrador, que pode ser um objeto de conhecimento, um projeto de investigação ou algum plano de intervenção. Alguns colégios desenvolvem, em comunidades carentes, projetos que envolvem várias disciplinas curriculares, além de profissionais que atuam fora da escola.

De acordo com o estudo sobre a Teoria Construtivista tem como base às pesquisas de Jean Piaget, um biólogo com preocupações essencialmente epistemológicas, isto é, referentes à Teoria do Conhecimento. Entendendo que era impossível remontar aos primórdios da humanidade e compreender qual foi, de fato, o processo do desenvolvimento cognitivo desde o homem primitivo até os dias atuais, Piaget voltou-se para o desenvolvimento do indivíduo da espécie humana, do nascimento até a idade adulta.

Para explicar como o sujeito constrói conhecimentos, Piaget recorreu à psicologia como campo de pesquisa. Elaborou a teoria psicogenética, na qual mostrou que a criança passa por mudanças qualitativas, denominadas estágios do desenvolvimento. Essas mudanças, descritas por Piaget, vão do estágio inicial de uma inteligência prática (estágio sensório-motor) até o pensamento formal, lógico-dedutivo, que tem início a partir da adolescência (estágio das operações formais).

Segundo Piaget, o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado desde o nascimento, nem como simples registro de percepções e informações. O conhecimento é conseqüência das ações e das interações do sujeito com o objeto de conhecimento, seja do mundo físico, seja do mundo da cultura. É uma construção que vai sendo elaborada desde a infância.

Teoria Psicogenética de Jean Piaget na construção do conhecimento ocorre quando o indivíduo age, fisicamente ou mentalmente, sobre os objetos, provocando o desequilíbrio do conhecimento adquirido anteriormente. Esse desequilíbrio deve ser resolvido por meio de um processo de assimilação e acomodação do novo conhecimento. Assim, o equilíbrio será restabelecido para, em seguida, sofrer outro desequilíbrio. Finalizando esta matéria mostrando um pouco desse cidadão que muito contribuiu com a educação. Jean Piaget nasceu na Suíça, na cidade de Neuchâtel, em 9 de agosto de 1896. Faleceu em Genebra, aos 84 anos, em 16 de setembro de 1980. Deixou uma enorme produção: mais de 70 livros e mais de 200 artigos. Sua formação inicial foi em Biologia, mas sempre teve preocupações epistemológicas, dedicando-se a estudar como o ser humano constrói o conhecimento.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

Recomendado pelo Google: