A bola da vez
O primeiro a ser executado foi o Saddam. Vergonhosamente, seu enforcamento foi filmado e suas imagens tornadas públicas para a vanglória do exército norte-americano. Em seguida, depois de anos, Bin Laden foi caçado e morto. Até hoje, não se sabe onde estão seus despojos que, segundo os Estados Unidos, foram lançados ao mar, depois de rituais muçulmanos. Recentemente, o Kadafi, retirado de um esgoto como um rato, foi desumanamente assassinado, como ele tratava seus opositores, com requintes reprováveis de crueldade e ódio. Novamente, junto com os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), os ianques estão por trás disso.
A “primavera árabe” parece não ser fruto da tomada de consciência das minorias maiorias maometanas, mas, sim, da influência ocidental sobre este mundo tão peculiar que pouco conhecemos. As nações ricas, como de costume, são as responsáveis por insuflar as populações pobres e pouco avançadas a batalhar pela instalação dos modelos políticos ocidentais e de um estilo de vida mais consumista. Afinal, as multinacionais têm que vender seus produtos a alguém. E, se não fazem isso pela conversa (tratados de comércio internacional), farão pela guerra. E assim, da noite para o dia, um aliado pode se tornar membro do “eixo do mal”.
Mas, não sem outros interesses, como o petróleo, a água e a hegemonia bélica e ideológica (não se admitem nações mais ricas e mais bem armadas que os EUA e as da Europa, nem líderes que movimentem as massas contra o imperialismo capitalista).
No Iraque, não se acharam as armas biológicas de destruição em massa, razão da invasão impetrada pelos “defensores da democracia mundial”. O Afeganistão, longe de ser uma terra de paz, arma-se e revolta-se ainda mais, depois de tamanha afronta ao seu egoísmo nacional. Na Líbia, o tímido governo de transição, responsável pela democratização do país, não consegue dominar as massas rebeldes que, por enquanto estão satisfeitas em arrancar as tripas do seu ditador morto.
Já foram Saddam, Bin Laden e Kadafi, ainda falta, por enquano, Kim Jong-il, ditador da Coreia do Norte), a bola da vez. Talvez, para tragédia mundial, a China comunista, ninguém sabe. E, pior, a ameaça pode estar bem próxima de nós, brasileiros, que temos água e farta diversidade ecológica não preservadas. Quem será a “bola da vez”?
Mas, Deus é maior, bem maior que os prepotentes que, no dinheiro e nas armas, confiam. Quem ser objeto da justiça deve com justiça tratar os outros. Talvez ainda esteja distante o dia em que testemunharemos os ricos e os poderosos deste mundo com o chapéu na mão para aqueles que foram massacrados e humilhados.
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