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Sem vagas nos cemitérios, vereadora ameaça enterrar recém-nascido no muro da família

A denúncia foi feita por uma vereadora, na tribuna da câmara de cidade do Sertão. Secretário alega falta de vagas.

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19/03/2011 às 09h23

A vereadora de Patos, Maria Jose dos Santos (Peteca-PRP) denunciou na sessão da Câmara Municipal, nessa sexta-feira (18), que os coveiros da cidade estão se recusando a enterrar os mortos, alegando falta de vagas nos cemitérios.

Peteca revelou que foi procurada por uma mãe de família nessa sexta, que perdeu seu filho, um recém-nascido de apenas dez dias de vida, informando que um dos coveiros teria dito a ela que não faria o sepultamento da criança, pois a genitora não era proprietária de terreno no local.

A vereadora afirmou que procurou o secretário Raniere, que confirmou a versão do funcionário público e acrescentou que a criança não poderia ser enterrada porque não poderia invadir os terrenos alheios e propôs que a parlamentar-mirim encaminhasse o corpo do recém-nascido para ser sepultado na vizinha cidade de Santa Gertrude, porém alegou que os únicos transportes disponíveis para o translado eram uma caçamba e uma caminhonete.

A vereadora ficou indignada com a resposta do secretário e ameaçou sepultar a criança dentro do muro da residência da família, caso ele não tosse providências.

“Se você não resolver vou fazer o enterro na comunidade”, disse Peteca.

Ela informou que após a ameaça, Raniere autorizou o sepultamento. A vereadora cobrou do prefeito, Nabor Wanderley, a construção do Cemitério São Judas Tadeu, pois segundo Peteca, se morrer mais de uma pessoa na cidade não tem mais onde enterrar.

“Se morrer mais gente dentro da cidade vai enterrar aonde? Vão queimar as pessoas?”, indagou a vereadora

DIÁRIO DO SERTÃO
 

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