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VÍDEO: Senador diz que falta planejamento no açude de Boqueirão e sugere fusão entre DNOCS e Codevasf

Rogério Marinho, que foi ministro do Desenvolvimento Regional no governo Bolsonaro, avaliou a abertura de comportas do açude em Cajazeiras, que tem prejudicado plantações nas comunidades ribeirinhas

Por Luis Fernando Mifô

08/05/2024 às 15h51 • atualizado em 08/05/2024 às 15h58

No programa Olho Vivo desta quarta-feira (8), direto de Brasília, o senador Rogério Marinho (PL), que foi ministro do Desenvolvimento Regional no governo Bolsonaro, avaliou a situação do Açude Engenheiro Avidos (Boqueirão de Piranhas), em Cajazeiras, cuja água que é liberada pelas comportas tem prejudicado plantações nas comunidades ribeirinhas e nas Várzeas de Sousa.

Quando o volume de água representa risco de transbordamento ou até mesmo de rompimento de barragens, a administração do açude – que nesse caso é do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) – abre comportas para liberar determinada quantidade. Essa água, porém, muitas vezes destrói plantações e causa prejuízo.

Atualmente, o Açude de Boqueirão passa por uma obra de modernização das comportas, cuja estimativa de conclusão era para 2021. Para possibilitar a execução dos serviços, foi feita uma barragem improvisada de areia, chamada ‘ensecadeira’, que também agrava a necessidade de aumentar a vazão das comportas para evitar transbordo no local quando o açude acumula muita água.

“É necessário fazer um trabalho permanente de conservação, de desassoreamento, e a possibilidade de utilizar essas regiões, principalmente as de várzea, para fazer a política da agricultura irrigada. Isso leva em consideração a necessidade dos próprios ribeirinhos e a necessidade dos governos de propiciar geração de renda e oportunidades às populações beneficiadas pela oferta d’água”, avalia o senador.

Açude Engenheiro Avidos (Boqueirão de Piranhas), em Cajazeiras-PB

Marinho ressalta, porém, que a prioridade na utilização da água da transposição do Rio São Francisco é matar a sede das populações mais afetadas por estiagem. Depois é que se deve planejar o uso para desenvolver a região.

No caso dos prejuízos provocados pela vazão do Açude de Boqueirão, o senador opina que faltou planejamento da administração para que a população ribeirinha não fosse prejudicada, já que a abertura das comportas é necessária.

Rogério Marinho defende reformulação interna no DNOCS e na Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) para melhorar a gestão hídrica no Nordeste. Ele sugere, inclusive, a fusão das duas altarquias em uma só.

“Importante é que o DNOCS e a Codevasp passe por uma reformulação em relação à sua atuação. A uma superposição de ações. No caso do DNOCS, uma boa parte do seu corpo técnico precisa de renovação. Ao mesmo tempo, não há concurso público. Então, acredito que se houvesse uma fusão das duas entidades, nós teríamos uma maior eficácia no atendimento da população que convive com os efeitos da seca na região Nordeste e no Norte de Minas”, detalhou o senador.

DIÁRIO DO SERTÃO

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