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Em Sousa, chuvas vêm acompanhadas de raios e trovões; físico explica o que provoca esse ruído

O físico Rodrigo Cézar Limeira explicou o que provoca o ruído de um trovão

Por Campelo Sousa

04/04/2018 às 09h39

Raio atingiu uma casa na cidade de Sousa

Quando a atmosfera está eletricamente instável, ou seja, com excesso de elétrons em uma região e escassez em outra, uma descarga de energia é liberada, sempre da região com maior quantidade de elétrons em direção a região onde há falta de elétrons, para que haja uma equiparação entre as quantidades de elétrons entre essas duas áreas, explica o físico Rodrigo Cézar Limeira.

Na cidade de Sousa, no sertão do estado, a população tem se assustado cada vez mais com as chuvas que vêm acompanhada com muitos raios e trovões.

Tal fato afirma o estudioso, serve para explicar porque ocorrem relâmpagos, raios e etc.

Segundo o pesquisador, quanto maior for a diferença de potencial entre duas regiões, maior será a intensidade da descarga elétrica liberada entre elas, em outras palavras, quanto maior for a diferença das quantidades de elétrons entre duas áreas, maior poder destrutivo tem a descarga liberada, e mais perigosa ela é, pontua.

Os ambientes carregados de energia, surgem inicialmente pela existência do atrito entre gotículas de água e cristais de gelo em nuvens de grande desenvolvimento vertical, e associadas a tempestades as chamadas Cúmulos Nimbos, explica Rodrigo.

No interior dessas nuvens há fortes correntes aéreas se deslocando principalmente na vertical, algumas dessas correntes podem atingir mais de 300 km/h. Como o topo dessas nuvens pode atingir altitudes de mais de 12 km, o vapor em altos níveis é formado basicamente por cristais de gelo, que se chocam uns com os outros e terminam carregando de energia o ambiente dentro da nuvem.

O topo dos Cúmulo Nimbos fica então carregado de cargas positivas, e a base com cargas negativas. Devido a essa separação natural de cargas, dentro da própria nuvem há condições favoráveis para a ocorrência de raios, que partem da base em direção ao topo da nuvem precipitante.

Como a base da nuvem fica geralmente carregada negativamente, os corpos situados na superfície da terra são induzidos a ficarem carregados positivamente, aí ocorre o raio, da base da nuvem em direção a superfície, o chamado raio da nuvem para a terra, que é o tipo de raio que ocorre com maior frequência.

Quando ocorre a liberação de energia, um raio ou uma descarga de menor intensidade, o ar atmosférico é deslocado bruscamente, pois dois corpos não podem ocupar ao mesmo tempo, o mesmo lugar no espaço, em outras palavras, o ar e o feixe de elétrons não podem ocupar ao mesmo tempo o mesmo local. Com isso surge o trovão, devido ao deslocamento brusco do ar decorrente da descarga elétrica.

DIÁRIO DO SERTÃO

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