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VÍDEO: Ginecologista de Sousa explica mudanças no rastreio do câncer de colo do útero no Brasil

De forma gradativa, o tradicional exame citológico, o Papanicolau, será substituído pelo teste de biologia molecular, capaz de identificar a presença do HPV (papilomavírus humano), principal causador da doença

Por Luiz Adriano

23/08/2025 às 12h02 • atualizado em 23/08/2025 às 12h03

O Ministério da Saúde alterou o protocolo de prevenção e rastreamento do câncer de colo do útero, um dos mais incidentes entre as mulheres brasileiras. De forma gradativa, o tradicional exame citológico, o Papanicolau, será substituído pelo teste de biologia molecular, capaz de identificar a presença do HPV (papilomavírus humano), principal causador da doença.

O médico ginecologista e obstetra Dr. Guilherme Carvalho, coordenador do Instituto SIM (Instituto de Saúde Integrada da Mulher), em Sousa, explica que a mudança é um avanço importante na prevenção. “É um exame mais sensível, com isso a gente vai fazer um rastreio mais eficaz, proporcionando uma melhor prevenção contra esse câncer, infelizmente muito comum”, destacou.

O impacto da doença no Brasil

O câncer de colo do útero é o terceiro mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. É também o que mais mata mulheres até os 36 anos de idade e o segundo que mais causa óbitos até os 60 anos. Segundo dados nacionais, 22 mulheres morrem por dia no Brasil vítimas da doença.

A infecção pelo HPV, transmitido sexualmente, está diretamente relacionada ao surgimento da doença. Os subtipos 16 e 18 são considerados os mais perigosos, por apresentarem maior risco de provocar lesões precursoras do câncer.

Como será o novo rastreio

De acordo com o protocolo, o exame deve ser feito em mulheres de 25 a 64 anos:

– Se o teste for negativo, ele deve ser repetido a cada 5 anos;
– Se for positivo para os subtipos 16 e 18, a paciente será encaminhada diretamente para a colposcopia;
– Se for positivo para outros subtipos, o mesmo material coletado será analisado pelo citológico. Se o resultado for normal, o exame molecular será repetido em 1 ano.

Dr. Guilherme ressaltou ainda a importância da vacinação como forma de prevenção. “Eu lembro que além de fazer a biologia molecular, além de todos os cuidados, fazendo seus exames rotineiros, a vacina contra o HPV é uma outra estratégia fundamental que não pode ser esquecida”, pontuou o médico.

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