CRM-PB interdita eticamente o trabalho dos médicos que atuam no pronto atendimento pediátrico do HUJB
Segundo o Auto de Interdição exposto na entrada do HUJB, a decisão visa "a preservação da dignidade do atendimento a população e segurança do ato médico"
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB) interditou eticamente, nesta segunda-feira (09), o trabalho dos médicos e médicas que atuam no pronto atendimento pediátrico (setor de urgência e emergência) do Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB), em Cajazeiras.
De acordo com o Auto de Interdição Ética 08/2022, que foi exposto na entrada do HUJB, a decisão visa “a preservação da dignidade do atendimento a população e a segurança do ato médico”.
O documento não entra em detalhes acerca dos motivos específicos para a interdição, apenas justifica que é “com base nos princípios fundamentais II, IV, VIII e XII do código de ética médica”.
O documento completa: “A interdição ética é decorrente da avaliação realizada pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba no dia 09 de maio de 2022”.
LEIA TAMBÉM:
Tentamos falar com representantes do CRM, bem como com o presidente do órgão e com a superintendente do HUJB, mas nossas ligações não foram atendidas.
Hospital é alvo de críticas
Nos últimos meses, o Hospital Universitário Júlio Bandeira, que é administrado pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e pela UFCG (Universidade Federal de Campina Grande, tem sido alvo de constantes críticas e denúncias da população, de prefeitos e de políticos após suspender o pronto atendimento pediátrico. Na sua decisão, a direção do HUJB alega que só pode atender crianças na urgência e emergência se elas forem referenciadas por médicos de outras unidades hospitalares ou pelo SAMU, e que os demais atendimentos não urgentes devem ficar por conta dos municípios nos postos de saúde.
A morte da menina Ananda Vitória, de 3 anos, no dia 23 de abril, causou comoção na cidade e novamente levantou críticas contra o HUJB. Os pais da criança acusam o hospital de ter dificultado o atendimento. Já a direção afirma que a equipe médica não tem culpa pelo óbito, diz que atendeu a criança seguindo os protocolos e que a mesma já deu entrada em estado gravíssimo.
DIÁRIO DO SERTÃO
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário