“O diagnóstico de câncer não pode ser encarado como uma sentença de morte” diz médica do Hospital do Bem
A afirmação foi da oncologista Nayhara Xavier durante live da instituição de saúde em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra o Câncer, 08 de Abril
“Receber um diagnóstico de câncer, com tantos tratamentos e medicamentos eficazes e grande incidência de cura, não é mais uma sentença de morte. Ao contrário, em muitos casos ele até simboliza o ressignificar da vida”, afirma a oncologista do Hospital do Bem, Dra. Nayhara Xavier. Na data em que se comemora o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer, em 08 de Abril, a médica reitera que a doença deixa, cada vez mais, de ser ‘um bicho papão’.
Durante uma Live realizada na noite desta quinta-feira (7), a médica foi uma das profissionais do Hospital do Bem que participou e enfatizou que a doença é estigmatizante, a ponto de não muito tempo atrás as pessoas evitarem até pronunciar ‘eu tenho câncer’. Dizia-se ‘aquela doença’. Em alguns casos, a terapêutica envolve cirurgias para retirada de tecidos e órgãos e a quimioterapia provocam queda de cabelos, o que afeta a autoestima de forma muito contundente.
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Como forma de incentivar os pacientes a enfrentarem a enfermidade, a médica lembrou que a doença, em muitos casos, até melhorou a vida das pessoas. “Já tive vários pacientes que numa primeira consulta se mostravam abatidos, o que é natural após o diagnóstico, mas que ao longo do tratamento descobriram que são mais fortes do que pensavam, ressignificaram projetos de vida e mudaram a rotina, os hábitos e a forma de ver a vida para muito melhor e que, após conseguirem a cura, estão ainda mais felizes do que eram”, disse a oncologista.
Dra. Nayhara lembrou ainda que muitas doenças, a exemplo da diabetes e hipertensão, matam muito mais que o câncer, mas, que não têm o estigma da doença oncológica. “As doenças vasculares e do coração matam mais gente do que câncer e Aids juntos, mas, ninguém fala muito a respeito disso, então a gente tem que começar a dizer mais que câncer é uma doença que exige cuidado, mas que tem tratamento, que tem cura, que o câncer não vai impedir ninguém de continuar vivendo bem, que é possível identificar a doença em estágios iniciais onde as chances de curar são ainda mais altas, enfim, precisamos entender que o diagnóstico não é uma sentença de morte como muitas pessoas ainda pensam ser”, afirma a médica que é responsável pelo ambulatório do Hospital do Bem, desde sua inauguração, em setembro de 2018. Ela própria é um exemplo destas afirmativas, pois já foi paciente oncológica e superou a doença.
Sobre o Hospital do Bem
O Hospital oncológico do sertão, que integra o Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC), tem atendimento ambulatorial, tratamento quimioterápico e cirúrgico, para vários tipos de câncer. A unidade tem 25 leitos e uma sala de quimioterapia com capacidade para atender dez pacientes simultaneamente.
Prioritariamente, os serviços do Hospital do Bem são direcionados para a população dos municípios que compõem a 3ª macrorregião de saúde do Estado e os pacientes ainda dispõem de um Centro de Diagnóstico, que funciona todos os dias e está instalado dentro do Complexo Hospitalar de Patos, com a disponibilidade de exames de ultrassonografia com Doppler, tomografia, colposcopia, colonoscopia, endoscopia, eletrocardiograma e Raio X. Há ainda um laboratório de análises clínicas próprio que funciona 24h.
Nos três primeiros anos de funcionamento, o Hospital do Bem realizou 16.788 consultas, 6.208 sessões de quimioterapia, 1.465 cirurgias e ainda 1.074 internações. Em setembro, a unidade completa quatro anos de funcionamento e ainda este ano começará a ofertar também o serviço de radioterapia.
DIÁRIO DO SERTÃO
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