VÍDEO: Psicóloga fala sobre jogos eletrônicos e ausência da família influenciando tragédias com jovens
Para a psicóloga Raquel Nunes, os jogos eletrônicos não são o único vetor de influência, mas eles fazem parte de uma soma de fatores que levam a atitudes drásticas
A tragédia que ficou conhecida como ‘massacre de Suzano’, onde um adolescente de 17 anos e um jovem de 25 invadiram a escola Raul Brasil, em Suzano (SP), mataram sete pessoas e se suicidaram, ligou um sinal de alerta da pior maneira possível.
Após o massacre, famílias passaram a se preocupar mais com o acesso dos jovens à internet e aos jogos eletrônicos. Mas até que ponto os jogos influenciam um jovem a cometer um massacre dessa magnitude?
Para a psicóloga Raquel Nunes, que atua como terapeuta cognitivo-comportamental no Sertão da Paraíba e no Rio Grande do Norte, os jogos não são o único vetor de influência, mas eles fazem parte de uma soma de fatores que levam a atitudes drásticas.
“O jogo sozinho não leva um jovem a cometer aquela tragédia. Mas ele pode, sim, ser um fator influenciador dentro de toda uma soma de fatores”, disse a psicóloga no Balanço Diário.
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Outro fator influenciador e, na maioria das vezes, determinante, segundo Raquel Nunes, é a ausência da família na vida dos jovens.
“Todos esses fatores demonstram um desamparo familiar no sentido do olhar. Quem estava olhando para esse jovem que não percebeu essa solidão, esse sofrimento, esse bullying que foi alegado? Quem desses familiares não percebeu o que estava acontecendo ao redor?”, questiona.
‘Grito de desespero’
Raquel Nunes ressalta que casos como o massacre de Suzano também devem ser vistos pela ótica de quem cometeu a tragédia, pois muitas vezes ela é, no fundo, um ‘pedido de socorro’.
“Acaba sendo um grito de desespero de alguém que chega a uma situação como essa. Mas não dá para você responsabilizar somente a família porque depende de como está aquela família. A gente só vai conseguir compreender se tiver acesso a essas informações. Como são informações que não tenho, é difícil dar uma opinião a fundo. Mas digo que é uma soma de fatores”.
DIÁRIO DO SERTÃO
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