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Mãe de criança morta em Cajazeiras diz que mataria todos do HUJB se pudesse – Vídeo!

Agricultora conta que nas duas vezes em que sua filha deu entrada no hospital não houve assistência médica para evitar o óbito

Por Jocivan Pinheiro

04/05/2016 às 18h00 • atualizado em 05/05/2016 às 09h08

A mãe de uma criança de 4 meses de idade que faleceu nesta segunda-feira (2), poucos minutos depois de ser transferida do Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB) para o Hospital Regional de Cajazeiras (HRC), afirma que sua filha morreu por falta de assistência médica e chama os profissionais do HUJB de “burros” e “carniceiros”.

Maria José Fernandes, mãe da criança

Maria José Fernandes, mãe da criança

Dona Maria José Fernandes do Nascimento conta que nas duas vezes em que sua filha deu entrada no HUJB (domingo e segunda), ambas em estado crítico, não houve assistência médica suficiente para evitar o óbito.

Segundo ela, a menina apresentava quadro de diarreia, dispneia (falta de ar) e dava sinais que sentia fortes dores no estômago, mas durante o tempo em que esteve no hospital ela tomou apenas soro com analgésico e antitérmico, e recebia pouca atenção da médica e da enfermeira.

Dona Maria José diz que a filha “morreu como um bicho bruto, jogada em cima de uma cama. A assistência que ela teve foi de três a quatro sorinhos, Dipirona por cima de Dipirona e de três a quatro inalações por conta do cansaço que ela estava, e Luftal. A assistência que ela teve foi essa.”

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Sobre a observação feita pelo diretor administrativo do HUJB, Marcelo Pinheiro disse que a criança teria falecido após a mãe alimentá-la com leite e isso teria provocado broncoaspiração e consequente parada cardiorrespiratória, sendo que a orientação era de que ela não ingerisse nenhum alimento antes de chegarem os resultados do exames, dona Maria José revela que só deu leite à filha porque a enfermeira autorizou, e o leite teria sido fornecido pelo próprio hospital.

Revoltada, ela chama os profissionais do HUJB de “carniceiros”, diz que o hospital é um “matadouro” e que ela mataria todos se pudesse. “Se eu fosse a morte eu matava tudinho. São um bando de carniceiros, de burro, de animal. É um matadouro, é uma carniça aquilo ali.”

O diretor Marcelo Pinheiro nega que tenha havido negligência nesse caso, mas ressalta a dificuldade na celeridade dos atendimentos devido à grande demanda que chega ao HUJB, além da “intolerância social” que, segundo ele, existe com o hospital. “São mais de 15 mil atendimentos de janeiro ao início deste mês de maio. É inconcebível prestar um atendimento de qualidade”, lamentou.

DIÁRIO DO SERTÃO

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