Mãe de criança morta em Cajazeiras diz que mataria todos do HUJB se pudesse – Vídeo!
Agricultora conta que nas duas vezes em que sua filha deu entrada no hospital não houve assistência médica para evitar o óbito
A mãe de uma criança de 4 meses de idade que faleceu nesta segunda-feira (2), poucos minutos depois de ser transferida do Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB) para o Hospital Regional de Cajazeiras (HRC), afirma que sua filha morreu por falta de assistência médica e chama os profissionais do HUJB de “burros” e “carniceiros”.
Dona Maria José Fernandes do Nascimento conta que nas duas vezes em que sua filha deu entrada no HUJB (domingo e segunda), ambas em estado crítico, não houve assistência médica suficiente para evitar o óbito.
Segundo ela, a menina apresentava quadro de diarreia, dispneia (falta de ar) e dava sinais que sentia fortes dores no estômago, mas durante o tempo em que esteve no hospital ela tomou apenas soro com analgésico e antitérmico, e recebia pouca atenção da médica e da enfermeira.
Dona Maria José diz que a filha “morreu como um bicho bruto, jogada em cima de uma cama. A assistência que ela teve foi de três a quatro sorinhos, Dipirona por cima de Dipirona e de três a quatro inalações por conta do cansaço que ela estava, e Luftal. A assistência que ela teve foi essa.”
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Sobre a observação feita pelo diretor administrativo do HUJB, Marcelo Pinheiro disse que a criança teria falecido após a mãe alimentá-la com leite e isso teria provocado broncoaspiração e consequente parada cardiorrespiratória, sendo que a orientação era de que ela não ingerisse nenhum alimento antes de chegarem os resultados do exames, dona Maria José revela que só deu leite à filha porque a enfermeira autorizou, e o leite teria sido fornecido pelo próprio hospital.
Revoltada, ela chama os profissionais do HUJB de “carniceiros”, diz que o hospital é um “matadouro” e que ela mataria todos se pudesse. “Se eu fosse a morte eu matava tudinho. São um bando de carniceiros, de burro, de animal. É um matadouro, é uma carniça aquilo ali.”
O diretor Marcelo Pinheiro nega que tenha havido negligência nesse caso, mas ressalta a dificuldade na celeridade dos atendimentos devido à grande demanda que chega ao HUJB, além da “intolerância social” que, segundo ele, existe com o hospital. “São mais de 15 mil atendimentos de janeiro ao início deste mês de maio. É inconcebível prestar um atendimento de qualidade”, lamentou.
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