Hospital de CZ faz revelação sobre morte e responde polêmica da escolta policial. Vídeo
Mônica Paulino nega que tenha havido negligência e garante que os fatos estão sendo apurados com total colaboração do hospital
O Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB), que atende crianças de Cajazeiras e demais municípios da região, vive dias agitados nos bastidores. A administração comandada pela diretora Mônica Paulino tem tido muito trabalho para dar conta de algumas denúncias de negligência e mal atendimento que surgiram nos últimos dias. A denúncia mais grave é a da mãe de uma criança de 8 anos que morreu há cerca de um mês. Ela afirma que sua filha faleceu em decorrência de negligência do hospital.
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Em conversa com a nossa reportagem, a diretora Mônica Paulino negou que tenha havido negligência. Ela conta que a criança passou por pelo menos quatro atendimentos só no HUJB, onde recebeu medicamentos e passou por exames. No entanto, já que a denúncia foi feita, ela garante que os fatos estão sendo apurados pelo Ministério Público com total colaboração do hospital.
– O fato não é de negligência. Sindicância não se abre contra um profissional, se abre para apurar os fatos em uma totalidade. É de total interesse da direção do hospital que esses fatos sejam esclarecidos. Nosso objetivo maior hoje é consolidar o hospital, e para isso a gente precisa tomar atitudes concretas para melhorar a qualidade do serviço, então a gente tem investido em apuração de fatos, como também colaborado com as autoridades competentes com relação a facilitar nas investigações – esclarece.
Segundo a diretora, ainda não existe um posicionamento oficial sobre o caso porque a apuração é ampla, já que envolve toda a rede de saúde, pois a criança também teria sido atendida por outras unidades e instituições de saúde.”Para que seja esclarecido é preciso uma investigação muito mais ampla, e para isso, o que compete ao hospital a gente já tem feito.”
Atendimento que virou caso de polícia
No último final de semana o atendimento a uma criança virou caso de polícia no HUJB, quando uma mãe recorreu à delegacia para ser escoltada por um agente até o hospital para garantir o atendimento de sua filha. Segundo a denunciante, o médico teria sido grosseiro com ela e a criança (VEJA AQUI).
Sobre esse caso, Mônica Paulino revela que o médico já foi afastado para que sua conduta seja apurada. Porém, ela acha que houve excesso e falta de compreensão por parte da mãe da criança em relação ao sistema de atendimento do HUJB, que é por classificação de risco.
Segundo a diretora, esse caso específico não foi classificado como de urgência, mas o médico se dispôs a atender após apelo da mãe. Entretanto, a mulher não teve paciência de esperar que as crianças com problemas mais graves fossem atendidas primeiro, e por isso recorreu à polícia. Para Mônica Paulino, a atitude foi desnecessária.
– A gente não vê isso como uma boa conduta porque nesse momento crianças que estavam com mais urgência deixaram de ser atendidas porque uma criança que a família estava com um policial passa quebrando uma diretriz estabelecida pelo Ministério da Saúde – critica.
– Há uma pouca tolerância por parte da população hoje em dia, que já chega ao hospital exigindo rapidez no atendimento, e isso é uma realidade do Brasil. Os serviços estão sobrecarregados. E aqui a gente está tentando ensinar essa população como ela deve proceder – completa.
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