Papa convoca dia de oração e jejum pela Síria
Multidão aplaudiu decisão de Francisco de promover ação para o dia 7 de setembro
O Papa convidou os fiéis todas as religiões, até mesmo as pessoas que não crêem, a praticarem jejum e oração em favor da Síria. Visivelmente preocupado, Francisco dedicou inteiramente seu encontro de domingo à situação no país, onde a guerra civil já matou mais de 100 mil pessoas em três anos. Foi a primeira vez que o Papa não fez alguma menção à liturgia do dia antes de rezar a oração mariana do Angelus no Vaticano. Nesse sábado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao Congresso aprovação de intervenção militar na região.
A multidão que lotava a Praça São Pedro ouviu as palavras do Pontífice com atenção e aplaudiu a decisão de Francisco de promover o “Dia de oração e jejum pela Síria”: “Decidi convocar toda a Igreja, no dia 7 de setembro, vigília da Natividade de Maria, Rainha da Paz, para um dia de oração e jejum pela paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo inteiro. Convido a unir-se a esta iniciativa, do modo que considerarem mais oportuno, os irmãos cristãos não-católicos, os fiéis de outras religiões e todos os homens de boa vontade”.
Logo ao chegar ao balcão, depois do tradicional “Bom dia” dirigido ao público, Francisco disse que queria interpretar o grito que “se eleva de todos os cantos e povos da terra, do coração de cada um e da única família, que é a humanidade: o grito da paz”. “Nunca mais a guerra. A paz é um dom precioso demais; deve ser promovido e tutelado”.
Evocando as “terríveis imagens” vistas nos últimos dias na Síria, o Papa disse estar angustiado pelos “dramáticos eventos que ainda podem acontecer” e fez um apelo por negociações e contra o uso de armas, condenando a utilização de gases químicos.
Correio do Povo
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