VÍDEO: Advogado critica comparações entre bispos de Cajazeiras e defende respeito às diferenças
Na coluna Direto ao Ponto, Renato Abrantes afirma que comparações desconsideram contextos e realidades distintas dentro da Igreja
Na edição desta segunda-feira (28) da coluna Direto ao Ponto, na Rede Diário do Sertão, o advogado e colunista Renato Abrantes criticou duramente um texto veiculado em um blog de Cajazeiras que, segundo ele, comete uma “grave injustiça” ao comparar os primeiros dias do bispado de Dom Francisco de Assis Gabriel dos Santos com os mandatos dos seus antecessores na Diocese de Cajazeiras, Dom José González e Dom Francisco de Sales.
De acordo com Abrantes, o articulista do blog afirmou que, em apenas três semanas, Dom Francisco Gabriel já teria feito mais pela diocese de Cajazeiras do que os dois bispos anteriores em duas décadas, principalmente ao pautar e avançar em agendas sociais e pastorais que, segundo o texto, teriam sido silenciadas anteriormente.
O texto também apontava que o atual bispo estaria promovendo gestos concretos de evangelização e já teria se reunido com o clero, lideranças locais, representantes da OAB e da Câmara de Vereadores, enquanto o povo de Deus teria vivido um tempo de “orfandade pastoral” durante os episcopados anteriores.
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Renato Abrantes, no entanto, se posicionou com veemência contra esse tipo de comparação. Para ele, é um equívoco medir a atuação de um bispo apenas pela visibilidade ou pelo ativismo, desconsiderando a riqueza das diferentes formas de ação dentro da Igreja. Ele exemplifica com a vida contemplativa das religiosas enclausuradas.
“Se fazer algo é cair no ativismo, é preciso ter muita pena, portanto, das irmãs religiosas, das freiras contemplativas, que trancadas dentro de um mosteiro nada fazem além de rezar, não promovem nenhuma atividade ou ação social ou pastoral. Elas, portanto, não fariam nada? O que é não fazer nada na Igreja?”, questiona.
O advogado também pontuou que cada gestor – ou neste caso, cada bispo – age de acordo com sua formação, personalidade, prioridades e o contexto que enfrenta.
“Comparar um gestor que entra com um gestor que saiu é algo absolutamente divorciado de qualquer bom senso sob diversos aspectos”, afirmou. “Cada um de nós é um indivíduo, cada um de nós tem uma personalidade, cada um de nós tem sua formação, suas prioridades e seu modo de agir.”
Renato Abrantes defendeu que os episcopados de Dom José González e Dom Francisco de Sales devem ser compreendidos dentro de suas realidades próprias, e que julgamentos baseados em três semanas de trabalho são precipitados e injustos.
DIÁRIO DO SERTÃO
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