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VÍDEO: Durante fala na catedral, bispo de Patos chama “missas de cura e libertação” de “espetáculos de fé”

O vídeo veio à tona e repercute nas redes sociais na semana em que uma polêmica foi gerada em torno da transferência do Padre Fabrício Timóteo, que é conhecido por realizar a missa de cura e libertação

Por Luiz Adriano

01/11/2024 às 17h03 • atualizado em 01/11/2024 às 17h10

Um vídeo que repercute nas redes sociais, onde não é possível precisar a data que foi registrado, aparece o bispo, Dom Eraldo Bispo, da Diocese de Patos, criticando a realização de missas de cura e libertação, que eram conduzidas pelo padre Fabrício Timóteo, na cidade de Taperoá. A declaração acontece durante uma celebração realizada na catedral de Patos-PB.

Nos últimos dias têm surgido bastante críticas à Diocese de Patos, após a polêmica em relação à transferência do padre Fabrício Dias Timóteo, da função de pároco na Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na cidade de Taperoá, para ser vigário Paroquial na Paróquia Senhora Santana, na cidade de Santana dos Garrotes, na região do Vale do Piancó.

Em sua fala, o bispo diz claramente que não aprova as missas de cura e libertação e cita críticas como “patacoada” e “espetáculos da fé”. Ele não cita nome de nenhum padre.

“Não é orientação da diocese, não é orientação do bispo de Patos, este tipo de espetáculo. [Vamos] parar com essa patacoada, não tem o apoio do bispo espetáculos de fé. A fé não é um espetáculo de um palanque. A missa é o acontecimento do palanque da montanha de nosso senhor Jesus Cristo na cruz. Não de amostramentos humanos”, criticou.

Na explicação sobre o que seria uma missa, o bispo critica o padre realizador da missa de cura e libertação, e mesmo sem citar nomes, ele deixa rastros de que se refere ao padre Fabrício ao se referir a seguidores em redes sociais, o que tem sido um ponto forte no ministério do pároco de Taperoá.

“A missa é para o encontro com nosso Senhor Jesus Cristo, não com um padre que tem milhares e milhares de seguidores. Os seguidores devem ser seguidores de nosso Senhor Jesus Cristo, não do bispo, não do padre, não do papa, não de um padre que faz cura, não é o padre que faz cura, cuidado para não cairmos nesses esparramados de crenças”, disse o bispo em sua fala na catedral.

Dom Eraldo Bispo e Padre Fabrício Timóteo. Foto: Montagem | Reprodução da internet

ENTENDA

A Diocese de Patos, através do bispo Dom Eraldo Bispo, comunicou aos fiéis na última terça-feira (29) a transferência de 13 padres e designações de presbíteros para novas paróquias a partir de 2025.

Entre as mudanças está incluído o padre Fabrício Dias Timóteo, que atua como pároco na Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na cidade de Taperoá.

O padre foi designado para ser Vigário Paroquial na Paróquia Senhora Santana, na cidade de Santana dos Garrotes, na região do Vale do Piancó.

REPERCUSSÃO E REAÇÃO DA IGREJA

As transferências, especificamente a do Padre Fabrício Timóteo causaram grande repercussão em toda a Paraíba. Nesta quarta-feira (30), em nota oficial, a Diocese de Patos disse que é um ato comum e que ”não se caracterizam por gestos de arbitrariedade do bispo diocesano, uma vez que são avaliadas pelo Conselho Presbiteral (formado por bispo e padres) e apresentadas com antecedência, para consenso, aos padres transferidos”.

”O Cânon 1748, do Código de Direito Canônico diz que “Se o bem das almas ou a necessidade ou utilidade da Igreja exigirem que o pároco seja transferido de sua paróquia, que dirige com eficiência, para outra paróquia ou para outro ofício, o Bispo proponha-lhe a transferência por escrito e o aconselhe a consentir, por amor a Deus e às almas”, evidenciando o processo como algo salutar para a vida da Igreja e para crescimento do povo de Deus”, diz a nota.

DIÁRIO DO SERTÃO

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