VÍDEO: Sacerdote aponta local exato onde Padre Rolim foi sepultado e explica por que não fez escavação
Padre Raymundo Honório espera que a Diocese providencie escavação e apela para que as novas gerações não esqueçam a importância do fundador de Cajazeiras
Padre Inácio de Souza Rolim era filho de Vital de Souza Rolim e de Ana Francisca de Albuquerque, conhecida como Mãe Aninha. Sua paixão pela educação o motivou a fundar na primitiva Cajazeiras o primeiro colégio nos sertões paraibanos.
Era um evangelizador à frente do seu tempo. Indiscutivelmente foi o Padre Rolim o grande propulsor do desenvolvimento de sua terra-natal.
Era um sábado, dia 16 de setembro de 1899, quando, aos 99 anos, Padre Rolim, o filho mais ilustre de Cajazeiras, faleceu às 20h em um quarto no prédio do colégio que ele mesmo fundou.
Seu velório durou quase três dias e os relatos históricos apontam que seu corpo foi sepultado ao lado esquerdo do altar-mor da igreja que ele construiu no início da sua vida de sacerdote, a Matriz de Nossa Senhora de Fátima.
“Eu fiz um estudo e de acordo com a dimensão da igreja, Padre Rolim deveria estar sepultado ao lado esquerdo de quem está no altar, porque nesse tempo a Matriz era menor do que hoje e só tinha um corredor do lado sul. Meu avô assistiu ao sepultamento e diz que ele foi sepultado naquele local do lado direito, porque ele não era padre, era leigo, então as duas histórias se conferem uma a outra”, explica padre Raymundo Honório, que já foi pároco da Igreja Nossa Senhora de Fátima.
Descendente direto do Padre Rolim, Padre Raymundo conta que na época em que era administrador da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, não encomendou a escavação no local porque não tinha condições financeiras para restaurar o piso.
Padre Raymundo espera que a Diocese providencie a escavação e apela para que as novas gerações não esqueçam a importância do sacerdote para o progresso do Sertão.
“Eu deveria dizer ao povo de Cajazeiras que desse mais atenção à pessoa do Padre Rolim para que ele não fosse apenas um mito, mas fosse reconhecido como um sacerdote caridoso e dedicado não só ao ensino, mas, sobretudo, à pastoral e em favor das pessoas mais pobres, como sejam os escravos”, disse.
DIÁRIO DO SERTÃO
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