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Dom Aldo Pagotto

O arcebispo da Paraíba, fala de Política, Religião e Fé

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28/02/2009 às 21h36

O arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, confessa que não é de ficar em cima do muro. Por isso vem alimentando polêmicas por causa dos seus pontos de vista. Foi assim quando se manifestou contrário à participação de padres na política partidária e, mais recentemente, quando reivindicou o direito de defesa para o governador Cássio Cunha Lima. Ele mantém suas opiniões e diz que as questões estão em aberto. Leia a entrevista concedida à repórter Emanuelle Moura:

Qual o balanço que o senhor faz da Arquidiocese da Paraíba, em 2008?

DOM ALDO: Tivemos um bom avanço, especialmente na formação de novos padres e lideranças leigas, a criação de mais paróquias, a organização econômica, administrativa, patrimonial, saímos do vermelho, e investimos cada vez mais na formação de lideranças em todos os lugares onde havia falta de padres e falta de estrutura. Então, a avaliação nossa, graças a Deus, é muito boa.

E o senhor continua defendendo o ponto de vista de que os religiosos devem se manter longe da política partidária?

DOM ALDO: Eu tive uma repercussão melhor, por exemplo, de padres que são ovacionados, são aprovados pela comunidade e eu não posso ir contra. Mas o princípio permanece: o padre deveria se afastar da política partidária para então aderir às políticas públicas, assim como eu faço, apoiando as políticas públicas que alavancam o desenvolvimento. Porém, há exceções e a exceção confirma sempre a regra. Nós não estamos brigando por causa disso.

Quais são os principais projetos da Arquidiocese para 2009?

DOM ALDO:
Continuando a investir nas lideranças leigas, porque, se você não tiver cristãos bem preparados que capitaneiem ações, atividades propulsoras, você terá uma igreja esclerosada no passado. Nós estamos até preparando um catecismo e um plano de ação evangelizadora com pormenores, mas investindo pesado na formação de lideranças leigas.

Nesse ano houve muita polêmica por conta do seu posicionamento com relação à política aqui no Estado. O assunto está encerrado?

DOM ALDO:
Eu acredito que o assunto esteja em aberto, no sentido que a gente pleiteia por mais justiça. Eu acredito que a animosidade, o acirramento de ânimos não ajuda. Mas eu também não sou homem de ficar em cima de muro. Da minha posição eu não volto atrás, apenas quero oportunidades para todos, especialmente a defesa de argumentos que são contundentes, são dirimíveis da questão.

Colaborou: Simão Vieira de Mairins
Portal PSONLINE

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