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VÍDEO: “É falta de planejamento, não de recursos”, afirma vereadora sobre atrasos salariais na Saúde de CG

A Secretaria de Saúde de Campina Grande emitiu uma nota alegando que todos os salários dos servidores efetivos da rede municipal de saúde estão "rigorosamente em dia" e por essa razão a paralisação das atividades seria ilegal

Por Luis Fernando Mifô

12/11/2025 às 18h00 • atualizado em 12/11/2025 às 18h07

Na segunda-feira (10), servidores da área da Saúde de Campina Grande decidiram paralisar as atividades nesta quinta-feira (13) para protestar em razão dos recorrentes atrasos no pagamento da folha salarial por parte da Prefeitura. Eles cobram a criação de um calendário fixo de pagamento dentro do mês trabalhado e também relatam falta de medicamentos, materiais básicos, equipamentos de proteção e outros insumos nas unidades de saúde.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais de Campina Grande e do Agreste da Borborema (Sintab), um indicativo de greve já havia sido aprovado há cerca de três meses, mas o governo municipal não apresentou propostas para atender as solicitações da categoria.

A Secretaria Municipal de Saúde emitiu uma nota nesta quarta-feira alegando que todos os salários dos servidores efetivos da rede municipal de saúde estão “rigorosamente em dia” e por isso a paralisação seria ilegal (leia a nota abaixo).

Porém, a vereadora Jô Oliveira (PCdoB), durante participação no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, afirmou que os servidores da Saúde de Campina Grande lidam com atrasos salariais recorrentes e que o mês de outubro ainda não havia sido pago até esta quarta-feira.

Jô Oliveira conta que solicitou várias vezes explicações para os atrasos, por meio de requerimento na Câmara, mas a gestão municipal nunca se manifestou. Segundo ela, a Prefeitura fez um calendário de pagamento, mas não o cumpre. “Desde que esse calendário foi lançado no dia 14 de janeiro, ele não tem sido cumprido, e os servidores da Saúde de Campina Grande tem amargado longos períodos de atraso de salário”, ressaltou.

Jô Oliveira (PCdoB), vereadora de Campina Grande (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A vereadora entende que há recursos suficientes para manter a folha em dia, mas ela atribui o problema à “má gestão” do atual governo municipal. “A gente sabe que tem chegado emendas, tem chegado recursos, muitas vezes para custear determinadas ações de saúde. A gente tem acompanhado, inclusive, cobranças públicas e na Justiça por parte de entidades que prestam serviços à saúde e que não tem tido seus pagamentos realizados, e agora nós temos também esse impasse com o prolongamento do atraso do pagamento dos servidores”.

Em nota, a Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Saúde, alega que “todos os salários dos servidores efetivos da rede municipal de saúde estão rigorosamente em dia, reafirmando o compromisso permanente desta gestão com a valorização do servidor público e o cumprimento integral de suas obrigações legais e financeiras.”

“A Secretaria reitera que sua prioridade maior é assegurar a continuidade e a qualidade do atendimento prestado à população, princípio que orienta todas as suas ações administrativas e operacionais. Nesse sentido, a Pasta desconhece, com o devido respeito, a natureza jurídica da greve anunciada, uma vez que não há pendências salariais ou descumprimento de obrigações por parte da Administração Municipal, estando integralmente garantidos os direitos dos profissionais da saúde”, conclui a nota.

DIÁRIO DO SERTÃO

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