VÍDEO: Por causa de precatórios, Ceninha Lucena admite que pode não realizar a Festa da Cidade com bandas
Prefeito de Bonito de Santa Fé revelou que o município enfrenta séria dificuldade financeira porque precisa pagar precatórios de gestões anteriores e ainda não recebeu emendas parlamentares que já foram empenhadas há algum tempo
O prefeito de Bonito de Santa Fé, Ceninha Lucena (Podemos), admitiu que pode não realizar a Festa do Dia da Cidade com atrações musicais por causa da quantidade de dívidas públicas, na modalidade precatórios, que seu governo está herdando de gestões anteriores. Bonito de Santa Fé celebra sua emancipação política em dia 15 de novembro e geralmente a prefeitura promove festa pública com bandas, além de inaugurações de obras. Em 2025, Bonito vai completar 87 anos.
No programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, Ceninha revelou que o município enfrenta séria dificuldade financeira porque precisa pagar precatórios antigos e ainda não recebeu emendas parlamentares que já foram empenhadas.
Ainda segundo ele, até agora Bonito de Santa Fé recebeu “o mínimo” das chamadas “emendas Pix” do Governo Federal para ajudar no custeio da saúde, pasta que requer dos cofres públicos despesas mensais de pelo menos R$ 600 mil.
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O prefeito disse que sua gestão paga parcelas mensais de precatórios desde que assumiu a prefeitura. Recentemente, tomou conhecimento de mais um precatório bastanhte antigo, de 2003, do IPASB (Instituto de Previdência dos Servidores Municipais Bonitense), que na época da primeira negociação era de R$ 400 mil e hoje está em R$ 3,8 milhões, além dos R$ 91 mil mensais que já paga à entidade. Outro precatório anterior à sua gestão refere-se a dívida com a Cagepa, no valor de R$ 1,7 milhão.
“O pior é que chega naquela fase em que você não tem mais como recorrer. O único caminho que tem é tentar negociar, porque não tem mais recurso, não tem mais para onde correr”, ressaltou.

Ceninha Lucena nos estúdios do programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão (Foto: Diário do Sertão)
Esse cenário crítico está levando o prefeito a reavaliar a dinâmica econômica e priorizar os serviços essenciais, como saúde e educação, assim como aconteceu na cidade de Triunfo.
Por essa razão, Ceninha admitiu a possibilidade de não realizar festas com bandas para não ‘sacrificar’ o município e nem a folha de pagamento dos servidores. “Eu não estou com a intenção de fazer aquelas festa de contratar bandas porque eu estou nessa dependência de emendas. Eu não vou sacriticar o município para dar uma festa”, disse.
O que pode ocorrer, sergundo ele, são eventos menos onerosos, mais voltados para a valorização da cultura local e das políticas públicas. “Eu jamais vou sacriticar a folha por uma coisa momentânea. Se for obrigado eu não fazer mais nada de eventos daqui para o ano que vem, eu vou fazer isso. O que eu não quero é deixar meu povo desamparado na saúde, educação, principalmente atrasar a folha dos nossos funcionários, coisa que a gente nunca fez até hoje”.
Ceninha Lucena também esteve em Brasília para reforçar apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, conhecida como “PEC dos Precatórios”, que tira os precatórios do limite de despesas primárias da União a partir de 2026; limita o pagamento dessas dívidas por parte de estados e municípios e refinancia dívidas previdenciárias desses entes com a União. Na prática, a medida alivia estados e municípios ao permitir que paguem dívidas judiciais em parcelas menores e com mais prazo; também ajuda o Governo Federal a cumprir a meta fiscal ao retirar parte desses gastos do teto de despesas.
ENTREVISTA COMPLETA COM CENINHA LUCENA
DIÁRIO DO SERTÃO
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