VÍDEO: André Fernandes critica Hugo Motta por postura sobre cassação de Zambelli e cobra reação ao STF

O deputado André Fernandes (PL-CE) criticou o presidente da Câmara dos Deputados, o paraibano Hugo Motta (Republicanos), em relação à cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A crítica surgiu após declaração do Chefe da Casa Legislativa de que a Câmara não teria mais o que fazer em relação ao trâmite da perda do mandato, em virtude da decisão já tomada por parte do STF.

“Quando há uma conclusão de julgamento do Supremo Tribunal Federal, não cabe mais ao presidente da Câmara colocar isso em votação, porque já tem a condenação, então, a decisão judicial tem que ser cumprida”, disse Hugo Motta em entrevista à imprensa nacional.

A crítica de André Fernandes se deu durante a sessão da última terça-feira (10). Além da falta de empenho na resolução do caso de Carla Zambelli, André também criticou Hugo Motta em relação à falta de prioridade na pauta da anistia, tema que o teria feito votar nele para presidente da Câmara.

“Nós não estamos vendo a defesa constitucional desta Casa. Essa Casa deveria deliberar sobre perda de mandato e cassação de mandato em exercício [de Carla Zambelli]. E, de repente, um milhão de votos são jogados no esgoto. Nós temos que dar uma resposta ao Supremo Tribunal Federal”, disse o deputado cearense.

Resposta de Hugo Motta – Em resposta ao parlamentar do PL, Motta disse que a decisão de Alexandre de Moraes que determinou a perda do mandato de Carla Zambelli será sim colocada em votação no plenário. Mas confrontou o colega ao dizer que “não [funciona] no grito”.

“Não vai ser vossa excelência insinuando que sou isso ou aquilo que vou agir contra ou a favor sobre o tema. Eu vou dar o cumprimento regimental. Darei o cumprimento regimental. Vamos notificar para que ela possa se defender e a palavra final será a palavra do plenário, é isso que nós vamos fazer. Isso é cumprir a decisão [do STF]”, disse Hugo Motta.

Carla Zambelli – A deputada Carla Zambelli viajou para os Estado Unidos e em seguida para a Itália. Ela está na lista da Interpol e poderá ser presa a qualquer momento.

A parlamentar foi condenada a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos, em 2023, além de uma indenização de R$ 2 milhões.

A deputada também é investigada por crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, após acusação de perseguir um homem com arma em punho durante as eleições de 2022.

Este caso ainda não foi julgado após ter sido interrompido no mês de março devido a um pedido de tempo feito pelo ministro Nunes Marques. Em breve o caso será novamente colocado em pauta, após o prazo de 90 dias.

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