VÍDEO: Heron Cid critica “patriotismo” de Eduardo e Zambelli: “Ao menor sinal de ameaça, fogem do país”
O jornalista criticou o discurso dos parlamentares que constantemente se apresentam como patriotas, mas deixam o país diante de pressões jurídicas. Ele comparou a fuga dos políticos com situações distintas vividas nas perseguições da Ditadura Militar
O jornalista Heron Cid, em seu comentário no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, nesta quarta-feira (4), abordou a recente saída da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) do Brasil e traçou um paralelo com a postura de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também deixou o país em março deste ano.
Heron destacou que, desde que partiu para os Estados Unidos sob a justificativa de estar sendo perseguido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Bolsonaro vem conduzindo uma “cruzada contra o Supremo à distância”. Nesta terça-feira (3), foi a vez de Carla Zambelli anunciar que deixou o Brasil “há alguns dias”. A deputada foi condenada pelo STF por perseguir um homem com arma em punho na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Além da condenação, Zambelli passou a ser alvo de um pedido de prisão preventiva feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que teria motivado sua fuga para a Europa.
Heron Cid afirmou que “de fato, quem comete crimes ou quem é acusado de crimes, principalmente pela Procuradoria-Geral da República em julgamento na Suprema Corte do país, tem muita chance de ser condenado”.
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O jornalista criticou o discurso dos parlamentares, que constantemente se apresentam como patriotas, mas deixam o país diante de pressões jurídicas.
“Eu comecei este comentário dizendo que uma coisa é o que se diz, outra coisa é o que se faz. Ambos, Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, são aqueles que entoam o discurso, uma narrativa retórica de patriotismo, mas exercem um patriotismo, no mínimo, curioso. Aquele que, ao menor sinal de perigo ou de ameaça, corre do país, das instituições e das leis, e prefere fazer sua cruzada a milhas e milhas de distância. Não deixa de ser um novo estilo de patriotismo”.
Heron também comparou a atual situação com o período da ditadura militar no Brasil, chamando atenção para a diferença entre sair do país por escolha própria e ser forçado a isso pelo regime.
“Muitos políticos e artistas não tiveram escolha. Não foi opção para muitos sair do país; foram expulsos pelo regime militar da época. O mesmo que, hoje em dia, muita gente defende, inclusive Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli. Os que dizem defender a liberdade. Uma liberdade que nunca houve no período da ditadura militar no Brasil”, finalizou Heron.
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