VÍDEO: Veja momento em que juíza lê sentença de assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes
Ronnie Lessa que foi o autor dos disparos que ceifou a vida da parlamentar, foi condenado a 78 anos, 9 meses e 30 dias. A condenação para Élcio de Queiroz foi de 59 anos, 8 meses e 10 dias
Após 22 horas de julgamento, nessa quinta-feira (31), os ex-policiais militares Élcio Queiroz e Ronnie Lessa, assassinos confessos da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), foram condenados.
Ronnie Lessa que foi o autor dos disparos que ceifou a vida da parlamentar, foi condenado a 78 anos, 9 meses e 30 dias. A condenação para Élcio de Queiroz foi de 59 anos, 8 meses e 10 dias.
Ambos foram os executores da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Conforme o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o julgamento durou dois dias e foi realizado no IV Tribunal do Júri da Capital.
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Ainda de acordo com o MPRJ, os réus também foram condenados a pagar R$ 706 mil de indenização para os parentes de Anderson e Marielle, além de pensão para o filho de Anderson até ele completar 24 anos.
Os dois foram denunciados pelo GAECO/MPRJ por duplo homicídio triplamente qualificados, um homicídio tentado, e pela receptação do Cobalt utilizado no dia do crime, ocorrido em 14 de março de 2018.
A sentença que condenou Roni Lessa e Élcio Queiroz por todos os crimes que foram acusados, foi lida pela juíza Lúcia Glioche.
Em um dos trechos de sua fala, ela destaca que mesmo demorada, mas a justiça sempre chega. “A Justiça por vezes é lenta, é cega, é burra, é injusta, é errada, é torta, mas ela chega. A Justiça chega para aqueles que como os acusados acham que jamais serão atingidos pela Justiça”. (Veja o momento da sentença proferida pela magistrada no vídeo acima do texto).
Relembre o caso
Marielle Franco tinha pouco mais de um ano de mandato como vereadora quando foi assassinada, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, na noite de 14 de março de 2018. Ela voltava de um encontro de mulheres negras na Lapa, quando seu carro foi alvejado, atingindo fatalmente também o motorista dela, Anderson Gomes. A assessora de imprensa da parlamentar Fernanda Chaves, que estava ao lado de Marielle no carro, foi ferida por estilhaços. Os 13 tiros disparados naquela noite cruzaram os limites da cidade, e a atenção internacional voltou-se para o Rio de Janeiro. A morte de uma representante eleita pelo povo foi entendida por setores da sociedade como um ataque à democracia.
O crime deu início a uma complexa investigação, envolvendo várias instâncias policiais. Depois de muitas reviravoltas, chegou-se à prisão dos ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz. Mas o desfecho do caso só começou a ser vislumbrado em 2024, com a prisão dos suspeitos de serem os mandantes, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, além do chefe da Polícia Civil na época da morte, o delegado Rivaldo Barbosa. O processo que envolve os supostos mandantes está no Supremo Tribunal Federal.
(Texto em itálico - reproduzido do TJRJ)
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