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VÍDEO: Vereadora Raíssa Lacerda passa por audiência de custódia e permanece presa, em João Pessoa

A parlamentar juntamente com outras três mulheres foram encaminhadas para o Presídio Júlia Maranhão, na capital. Um homem que é esposo de uma das presas, também foi capturado e conduzido ao PB1

Por Luiz Adriano

19/09/2024 às 18h48

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (19), na cidade de João Pessoa, a “Operação Território Livre”, com a fase denominada Segundo Turno.

Esta fase tem como objetivo investigar o crime de aliciamento violento de eleitores e organização criminosa atuante no bairro São José, na capital paraibana.

As diligências de hoje são fruto da análise do material arrecadado na primeira fase da Operação Território Livre e visam complementar as provas de materialidade, autoria e circunstâncias dos crimes investigados.

De acordo com a Polícia Federal, foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão e dos 6 mandados de prisão preventiva expedidos em vários bairros da cidade, 5 foram efetuados.

Entre os presos está a vereadora Raissa Lacerda (PSB). Ela os demais foram levados ao IPC de João Pessoa para realização exames de corpo de delito e em seguida retornaram para a superintendência da Policia a Federal para aguardar audiência de custódia.

Às 12h55 a audiência foi concluída e todos os presos permaneceram detidos. Quatro mulheres, inclusive a vereadora, foram encaminhadas para o Presídio Júlia Maranhão, e o único homem capturado que é esposo de uma das presas, foi levado para o PB1.

Foto: divulgação/PFPB

INVESTIGAÇÃO

Conforme dados da Polícia Federal, uma das mulheres presas usava de poder para determinar quem deve ser votado no bairro São José. Uma outra exercia influência na comunidade e era ligada a uma ONG. A terceira presa seria articuladora da vereadora Raíssa Lacerda no Alto do Mateus e teria ligação com facção do bairro. De acordo com as informações, ela tentava coagir votos para determinados candidatos.

“Essa operação de hoje ela combate o novo ‘voto de cabresto’, antigamente realizado por coronéis junto aos seus empregados, agora realizado pelas facções, pelos traficantes e por milícias, tendo um político como beneficiário direto e aquele que coage o eleitor de sua região como beneficiário indireto daquele voto conseguido por meio do aliciamento eleitoral violento”, diz nota da PF.

Foto: divulgação/PFPB

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