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VÍDEO: Jornalista avalia que Zé Aldemir não será inteligente se romper com João: “Tem que engolir sapos”

De acordo com Gutemberg Cardoso, as exonerações de aliados do deputado Júnior Araújo em Cajazeiras não foram atos de perseguição política, mas uma estratégia do governador já visando sua eleição para o Senado em 2026

Por Luis Fernando Mifô

05/04/2024 às 16h06 • atualizado em 05/04/2024 às 16h27

De acordo com a avaliação feita pelo jornalista Gutemberg Cardoso em sua participação no programa Olho Vivo, as exonerações de aliados do deputado estadual Júnior Araújo (PSB) em Cajazeiras – assinadas pelo governador João Azevêdo (PSB) nesta quinta-feira (5) – não foram atos de perseguição política, mas uma estratégia do governador para fortalecer o PSB nas principais cidades visando não só as eleições municipais, mas também sua eleição para o Senado em 2026.

O Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta trouxe as exonerações de três indicados por Júnior em cargos estaduais de Cajazeiras: Manoel Telamon (Telminho) deixou a gerência da 9ª Regional de Saúde, Gonzaga Delfino foi exonerado da direção da 6ª Ciretran e Daniel Oliveira saiu da assessoria de comunicação do Hospital Regional.

Segundo Gutemberg, a estratégia do governador é que o PSB venças as eleições municipas nas principais cidades para se tornar o maior partido da Paraíba e assim indicar o próximo candidato a governador e ao mesmo tempo eleger João Azevêdo para o Senado.

“Nesses últimos dias ficou bem claro isso. O governador quer montar e colocar o PSB, depois das eleições desse ano, como o maior partido do estado. Talvez o governador sonhe com uma coisa: o partido dele vai indicar o candidato a governador e um senador. O senador será ele, mas ele pode indicar um candidato a governador. Isso pode acontecer”, opina o jornalista.

Deputado Chico Mendes, governador João Azevêdo, prefeito Zé Aldemir e deputado Jr. Araújo

Gutemberg ressalta que no caso de Cajazeiras, o deputado Júnior Araújo “entendeu a regra do jogo”. Quanto ao prefeito Zé Aldemir (Progressistas), se for politicamente inteligente, não deve romper com o governador por causa das exonerações, já que seu partido poderá assumir o governo do estado com apoio do PSB.

Atualmente o Progressistas compõe a base do governo com forte influência do deputado federal Aguinaldo Ribeiro, da senadora Daniella Ribeiro e do vice-governador Lucas Ribeiro. “Se ele ouvir Aguinaldo Ribeiro, ele não faz isso”, disse Gutemberg.

“Vale a pena Zé Aldemir romper com o governo se esse governo vai eleger um governador do partido dele? Tem que ser inteligente. Zé Aldemir pode até romper, mas não será inteligente se romper nesse momento. Tem que engolir sapos”, acrescenta.

PARTICIPAÇÃO COMPLETA DE GUTEMBERG

DIÁRIO DO SERTÃO

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