A ingratidão dos cajazeirenses com seus conterrâneos e a partida sem volta de Edme Tavares estão na Faisqueira
Uma das marcas mais fortes de Edme era a sua honestidade e a retidão de seus negócios
Edme Tavares
O famoso Boréu, irmão de Edson, conhecido popularmente por “Galinha Baleada”, quando Edme visitava Cajazeiras, era o primeiro a se “encostar” nele e Edme gostava porque Boréu era quem comprava as carteiras de cigarros Minister que devorava um atrás do outro. Tinha um detalhe: Edme nunca recebia o troco do dinheiro. Boréu era o encarregado de levar os sapatos dele para engraxar na porta do mercado e certa vez o sapato foi, mas não voltou: deu certinho no pé de Boréu.
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Edme não fazia, durante as suas campanhas, a chamada política da miudeza e não “negociava” com vereadores. Já selava um acordo com os prefeitos: “arranjo as obras que vocês pedem, mas quem “sustenta” os vereadores durante a minha campanha são vocês”. Quem mais reclamava era o vereador João de Manezim.
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Edme sabia da voracidade dos vereadores e jogava a peteca pra cima de Epitácio Leite, de Cajazeiras; Elair Diniz, de Santa Helena; José Dantas, de São João do Rio do Peixe, Geraldo Nogueira, de Uiraúna; Sousa Bandeira de Cachoeira dos Índios e José Gonçalves de Bom Jesus e todos os sucessores destes prefeitos.
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Uma das marcas mais fortes de Edme era a sua honestidade e a retidão de seus negócios e acima de tudo tinha um zelo enorme no cumprimento de saldar todas as dívidas de campanha, que poucos dias depois de seus términos, não ficava nenhum débito. Era um hábil negociador e extremamente discreto.
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Angelina Tavares, tia do Edme, era a sua secretária e pessoa da sua mais absoluta confiança e em cuja casa se hospedava e fazia suas refeições e recebia a maioria de seus correligionários. “Tijè” era assim que Edme a tratava e dela recebia uma deferência todo especial: uma rede branca de varanda para o seu sobrinho dormir e repousar.
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Numa entrevista, perguntado sobre que mulher ele destacaria em sua vida, foi breve: “nota mil: Honorina Tavares (sua mãe) e quem escolheria para dar o prêmio “cajazeirense do século” disse: “Antonio Aquino de Albuquerque, meu pai, pela doação que fez de seu filho a serviço das grandes causas de Cajazeiras”.
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Edme era uma pessoa que preservava muito a sua família e dizia que o seu maior orgulho “são meus filhos, encantos da minha vida, sementes da minha alegria, riqueza do meu coração”. Seus filhos nunca chegaram a participar de suas campanhas em Cajazeiras.
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Tinha um grande sonho, externado em uma entrevista no ano de 2003: “residir em Cajazeiras”, mas sonhava também ser prefeito de Cajazeiras, mas sempre “impôs” uma condição: agregar todas as correntes políticas da cidade em torno de seu nome, fato extremamente difícil e existia entre os correligionários um medo muito grande dele em que se transformasse no maior prefeito de Cajazeiras.
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Teve dois grandes “choques” em sua vida: primeiro a sua derrota na reeleição para a Câmara federal e a perda de sua esposa Clotilde, o grande amor de sua vida e dizia muitas vezes aos amigos mais íntimos sofrer de saudades dela e morreu viúvo, sem encontrar, talvez, uma segunda Clotilde.
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O locutor e animador dos comícios de Edme era Arnaldo Lima, a quem Wilson Braga chamava de Arnaldo Tavares e era a única pessoa a quem confiava entregar o seu carro de som, que já vinha prontinho de João Pessoa e circulava pelas ruas da cidade tocando as músicas do 2510 e em poucos dias a cidade inteira já sabia cantar.
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Edme foi escolhido, em 2003, o cajazeirense do século e foi um cidadão apaixonado por esta cidade e aquém afirmava ter “um amor infinito a Cajazeiras. Vale lembrar que dezenas de pessoas de Cajazeiras devem seus empregos, a sua casa, a educação de seus filhos e a sua posição no cenário político a ação política de Edme.
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