Feminicídio cresce 11,76% na Paraíba e Doutora Paula cobra políticas públicas para combater os crimes
Nos últimos 12 meses, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento no Brasil
O Anuário da Segurança Pública da Paraíba Exercício 2019 mostra que a Paraíba registrou um crescimento de 11,76% no número de casos, tendo a quarta maior alta em relação aos estados brasileiros, atrás apenas de Sergipe (163,9%), Amapá (145,2%) e Rondônia (100%). Observando essa realidade, a deputada estadual e integrante da Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Doutora Paula (Progressistas), cobrou do Governo do Estado o desenvolvimento de políticas públicas e normas para barrar a o crescimento da violência.
“Precisamos encontrar formas de evitar que esses crimes aconteçam. Esse é um trabalho que deve ser feito a longo prazo, mas enquanto estudamos a melhor forma de erradicar isto, devemos adotar medidas urgentes para que as mulheres não sejam mortas pelo simples fato de serem mulheres. Não podemos ficar parados esperando que os homens parem de matar as mulheres no nosso estado”, defendeu a deputada.
Doutora Paula lamentou o crescimento da violência contra a mulher ao lembrar do assassinato ocorrido no município de Cajazeiras na última segunda-feira (7). Uma mulher foi morta no bairro do Castelo Branco vítima de disparo de arma de fogo. A Polícia ainda investiga o crime e a motivação.
O Anuário da Segurança Pública mostra que o feminicídio ainda é a principal causa de morte das mulheres na Paraíba. O estudo mostra que 73 mulheres foram mortas em 2019 no estado, sendo 34 (ou seja, 46,58 %) vítimas de feminicídio. Em 2018, o mesmo dado apurou 84 mulheres assassinadas, sendo 38 vítimas de feminicídio (45,24 % do total).
No Brasil
Nos últimos 12 meses, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento no Brasil, segundo o Datafolha. Em 2018, foram 221.238 registros de casos que se enquadram na Lei Maria da Penha. Nove em cada dez assassinatos de mulheres são praticados por companheiros ou ex-companheiros. Apenas 4 dentre 100 mulheres assassinadas por feminicídio chegaram a fazer boletim de ocorrência.
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