Vereadores de CZ denunciam fechamento do Centro Auditivo, falta de médicos e copos nos PSF´s e deficientes mentais ‘soltos’ nas ruas. VÍDEO
As denúncias estão relacionadas principalmente à gestão da saúde do município, apontando falta de médicos, entre outras denúncias na área da saúde.
A sessão ordinária desta segunda-feira (03) na Câmara Municipal de Cajazeiras foi marcada por uma série de denúncias feitas pela população e levadas ao plenário pelos vereadores de oposição. As denúncias estão relacionadas principalmente à gestão da saúde do município, apontando falta de médicos, falta de acompanhamento do CAPS a pacientes e até falta de água e copos em posto de saúde.
O embate entre oposição e situação começou com o vereador Roselanio Lopes (PTB), líder da oposição na Câmara, destacando que o Centro Auditivo de Cajazeiras estaria fechado desde o início da atual gestão municipal. Em seguida ele denunciou que moradores do bairro Casas Populares, na zona norte, teriam enfrentado uma fila de espera por três horas na Unidade Básica de Saúde São José sem saber que o médico titular havia sido remanejado para outra unidade onde faltava médico. Por fim, o vereador denunciou o grande número de doentes mentais pelas ruas de Cajazeiras; alguns, inclusive, andando completamente nus em situação de surto.
Neste momento o vereador Moacir Menezes (DEM) pediu um aparte para ressaltar que existe um doente mental que diariamente anda no meio dos veículos, no Centro da cidade, como se fosse um guarda de trânsito, colocando a sua vida e a vida de pedestres e motoristas em risco. Apesar de ser necessária uma ordem judicial para proceder com internamento compulsório desse paciente, o vereador Rivelino Martins (PSB) questionou por que o CAPS não está atuando junto ao mesmo para tentar evitar essa situação.
Posto sem médico, sem água e sem copos
Outra denúncia que sacudiu os alicerces do grupo situacionista na Câmara, trazida por Roselanio e confirmada pelo presidente Marcos Barros (PSB), foi de que estaria faltando água e copos no posto de saúde do Alto da Bela Vista. Segundo Marcos Barros, essa denúncia teria sido feita nas redes sociais por uma paciente que não foi atendida no referido posto por falta de médico otorrinolaringologista.
“Quando eu colocar qualquer informação na minha página é porque eu fui in loco e verifiquei. Jamais eu vou colocar uma coisa criada ou com irresponsabilidade. É uma forma até de ajudar a administração a tomar as providências”, disse Marcos Barros.
Aliados também denunciam
A vereadora Léa Silva (DEM) entrou na discussão e revelou que até pessoas historicamente aliadas do atual grupo da situação estão fazendo denúncias nas redes revelando a situação precária de alguns postos de saúde. “Hoje nem precisa a gente visitar os postos de saúde porque a comunidade está colocando nas redes sociais”, frisou a parlamentar.
Vereador ignorado
Por fim, o vereador Alysson Américo lembrou que há 90 dias solicitou, através de requerimento e com base na lei do acesso à informação, a relação de todos os contratos de emergência da prefeitura, mas até agora foi ignorado pela administração municipal. Ele ameaçou entrar na justiça para obter os dados.
“Eu quero que fique registrado nos anais dessa casa a nossa indignação, nossa revolta e a falta de respeito com esta casa. Então eu quero que o presidente tome providência, encaminhe até o Ministério Público para ver se essas informações chegam até nossas mãos.”
Líder da situação responde às denúncias
Líder da situação na Câmara, foi do vereador Jucinério Félix (PPS) a responsabilidade de responder às denúncias apresentadas pelo colegas de oposição. Na tribuna, ele reconheceu que o governo municipal está enfrentando muitas dificuldades para preencher algumas lacunas de gestões passadas, sobretudo nas questões financeira, de licitações e de contratações de profissionais. Mas está atento às reclamações e denúncias, buscando resolver as que são confirmadas.
Jucinério ressaltou que esteve conversando com a secretária de Saúde, Paula Francinete, sobre os atendimentos nos postos de saúde e outros órgãos do setor e ela teria dito que está com bastante dificuldade para contratar médicos especialistas por causa da escassez de profissionais e também pela falta de interesse deles em atuar no serviço público. Além disso, a Justiça proíbe a contratação em detrimento de concurso público.
Por uma questão emergencial, o Ministério Público expediu um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) autorizando a prefeitura a contratar médicos, enfermeiros e dentistas por apenas seis meses. Ainda segundo Jucinério Félix, há médicos que só aceitam voltar a trabalhar para o município se forem pagas dívidas da gestão passada.
Já para resolver questões relacionadas a limpeza urbana e atendimento a doentes mentais, a prefeitura estaria articulando mutirão e força-tarefa com os órgãos e empresa envolvidos. Jucinério frisou que a empresa responsável pela limpeza urbana de Cajazeiras – com a qual o município tem contrato até outubro desse ano – fez ótimo trabalho no começo da atual gestão, mas depois teve queda no rendimento. No entanto, o contrato não pode ser rompido porque ela está cumprindo com sua função.
Assista à participação de Jucinério Félix na tribuna
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