Depois de sair no tapa para Eduardo Cunha, deputado de Cajazeiras tenta ‘salvar’ colega da cassação
Na consulta, Maranhão faz quatro perguntas, sem se referir expressamente ao caso Cunha.
Antes de viajar para o Chile, o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), fez um novo gesto que poderá beneficiar o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Atendendo um pedido do Deputado Wellington Roberto (PR-PB) Waldir Maranhão encaminhou uma consulta endereçada à Comissão de Constituição e Justiça, querendo que a CCJ se manifeste antecipadamente sobre a votação de processos no plenário. A intenção, segundo integrantes do Conselho, é aprovar novas regras para a votação do processo em plenário. Uma das perguntas questiona se é possível fazer emendas à recomendação do conselho em plenário. O relator da consulta à CCJ será o presidente da comissão, deputado Artur Lira (PP-AL), aliado de Cunha.
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Na consulta, Maranhão faz quatro perguntas, sem se referir expressamente ao caso Cunha. Na primeira, indaga se o que vai a voto é o parecer do relator ou o projeto de resolução que formaliza a pena a ser aplicada.
A segunda pergunta indaga se podem ser feitas emendas à esse projeto de resolução e a terceira, se as emendas podem ser prejudiciais ao representado. Na última pergunta Maranhão indaga se, em caso de rejeição do projeto de resolução, é votada a representação originalmente oferecida ao Conselho? Ou ela será considerada prejudicada?
Na opinião de integrantes do Conselho de Ética, a consulta tenta “castrar” o plenário impedindo precedente ocorrido na gestão de Henrique Eduardo Alves. Durante a votação de processo contra o deputado Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO), Alves — ao responder uma questão de ordem do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) — disse que se fosse rejeitada recomendação de suspensão ou não fossem alcançados votos suficientes para aprová-lo (257 votos), o plenário analisaria o pedido da representação, que era de perda de mandato.
Na opinião de integrantes do conselho, aliados de Cunha tentarão aprovar no Conselho de Ética uma recomendação para a aplicação de pena mais branda para ele. E, prevendo que em plenário será mais difícil garantir a aprovação dela, trabalharão para que, caso seja derrotada, o processo seja arquivado e não se possa votar o pedido da representação que é pela cassação.
Fonte: O GLOBO
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