Prefeito do Sertão paga mais de R$ 1 milhão para locar veículos de propriedade de familiares. Confira aqui!
"O que nós vivenciamos no município é uma enxurrada de atos ilegais, arbitrários e eivados de atos de improbidade administrativa”, reclamou
A Prefeitura de São Bento desembolsou, entre os anos de 2014 e 2015, a quantia de R$ 1,058 milhão à empresa Newmaq Construções LTDA. para pagamentos de serviços de perfuração de poços e locação de veículos. O detalhe é que dos quatro veículos disponibilizados para a administração municipal, dois são de propriedade de Milton Sousa, pai do prefeito Gemilton Sousa (PSB), e do primo dele, Francisco da Silva Sousa.
De acordo com denúncia apresentada pelo suplente de deputado estadual, Jullys Roberto (PMDB), ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), os pagamentos tiveram o objetivo de beneficiar o grupo político do atual gestor.
“Pelas análises que fizemos, ficou comprovada a prática abusiva de vários atos ilegais na ânsia e vontade de beneficiar grupos políticos em detrimento do bem estar do povo e de toda a sociedade são-bentense. O que nós vivenciamos no município é uma enxurrada de atos ilegais, arbitrários e eivados de atos de improbidade administrativa”, reclamou.
Em 2014, a Prefeitura de São Bento destinou R$ 155.134,00 à empresa Newmaq. Em 2015, os pagamentos foram na ordem de R$ 903.607,37, totalizando um montante de R$ 1.058.741,39.
“A prova da ilegalidade pode ser verificada com as poucas informações fundamentadas retiradas do Sagres, provas incontestáveis para que não pairem dúvidas, principalmente, para desmascarar as pessoas físicas e jurídicas ‘fantasmas’, contratadas e associadas a um bando para sacar o dinheiro das contas bancárias do município”, falou.
Jullys Roberto pediu ao Gaeco a instalação de um inquérito civil público e criminal para investigar as denúncias contra Gemilton Sousa.
“Nós não podemos comungar com os desvios de dinheiro do povo, supostos pagamentos a pessoas e empresas que servem apenas para superfaturar e vender notas fiscais, sem possuírem a mínima estrutura ou mesmo prestarem os serviços e quando os prestam usam máquinas, equipamentos e servidores da Prefeitura, porque suas práticas são de corroborar na lavagem de dinheiro no serviço público”, concluiu.
Fonte: São Bento em Foco
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