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Acusadas de matarem bebê em São José de Piranhas, mãe e companheira são condenadas a 40 anos de prisão

Julgamento que durou cerca de 12 horas resultou na maior pena aplicada em comarcas do Sertão paraibano por homicídio de criança

Por Luis Fernando Mifô

19/10/2024 às 12h25 • atualizado em 19/10/2024 às 12h30

As rés Fernanda Miguel da Silva, de 19 anos, e sua companheira Lilian Alves Romão, de 18 anos, acusadas de matarem um bebê de apenas seis meses de idade, que era filha de Fernanda, foram condenadas a 40 anos de prisão no júri popular que aconteceu nesta sexta-feira (18), em São José de Piranhas, no Sertão da Paraíba. O julgamento que durou cerca de 12 horas resultou na maior pena aplicada na região por homicídio de criança.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, na manhã do dia 9 de novembro de 2023 a criança foi levada por Fernanda e Lilian para uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de São José de Piranhas sem sinais vitais e com hematomas e cicatrizes visíveis no corpo.

Na época da prisão das acusadas, o delegado Danilo Charbel, então responsável pelo caso, falou que, de acordo com exames médicos preliminares, o corpo também tinha lesões na região anal, o que motivou o delegado a solicitar exame sexológico para saber se a criança havia sofrido abuso sexual.

Fernanda Miguel e Lilian Alves, condenadas pela morte de bebê de seis meses (Reprodução/PCPB)

Ao serem apresentadas na delegacia, a mãe permaneceu em silêncio, mas a companheira dela disse que as duas são autoras da morte do bebê. Porém, elas não contaram detalhes.

Naquela ocasião, Fernanda e Lilian tiveram que ser transferidas da Cadeia Pública Feminina de Cajazeiras para outra unidade prisional devido a um princípio de tumulto gerado por detentas que estavam revoltadas com o crime.

A perícia do Instituto de Polícia Científica (IPC) confirmou que a causa da morte foi traumatismo craniano. Fernanda e Lilian foram presas em flagrante, mas não revelaram a motivação do crime.

DIÁRIO DO SERTÃO

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