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VÍDEO: Em Marizópolis, acusado de matar ex-companheira e esconder corpo tem prisão preventiva decretada

Conforme apurado pelo Diário do Sertão junto ao delegado responsável pelo caso, o inquérito foi finalizado, mas as investigações sobre a localização do corpo da vítima continuam

Por Luiz Adriano

29/08/2024 às 17h33

O homem acusado de matar sua ex-companheira e de esconder o corpo, fato ocorrido em abril deste ano na cidade de Marizópolis, que foi preso no início deste mês de agosto, teve sua prisão temporária convertida em preventiva. A informação foi passada ao Diário do Sertão pelo delegado da Polícia Civil da cidade de Sousa, Tadeu Maia.

A Autoridade Policial ressaltou que o “inquérito foi finalizado”. Ele explicou que a decisão do Judiciário referente à conversão da prisão de temporária para preventiva foi comunicada na data dessa quarta-feira (28).

Ainda conforme o delegado, o acusado deverá permanecer recolhido no presídio da cidade de Sousa à disposição da Justiça. Tadeu Maia também ressaltou que as investigações sobre a localização do corpo da vítima continuam.

Sobre o desaparecimento do cadáver, o delegado explica que “constitui hipótese de morte presumida, sem a decretação de ausência, com previsão no Art. 7º, I, do Código Civil, que estabelece o seguinte: ‘Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida'”.

O corpo de Samira Pereira Bandeira ainda não foi localizado – Foto: reprodução/redes sociais

O CASO

A investigação do caso resultou na prisão do principal acusado que trata-se do ex-companheiro da vítima, um homem de 41 anos de idade. Ele foi detido no último dia 6 de agosto na cidade de São João do Rio do Peixe, suspeito de ter praticado feminicídio contra sua ex-esposa, em abril deste ano na cidade de Marizópolis, e ter escondido o cadáver que até a data de hoje ainda não foi encontrado.

A vítima é a jovem Samira Pereira Bandeira, de 20 anos de idade. O corpo dela está sumido há mais de quatro meses. De acordo com os autos, ela era ex-companheira do suspeito e tinha três filhos com ele, todos crianças. Ainda conforme as investigações, a jovem tinha Medidas Protetivas de Urgência autorizadas em desfavor do investigado.

O delegado relatou que de princípio, o caso foi tratado como desaparecimento, mas no decorrer das investigações, avançou para um possível caso de feminicídio e ocultação de cadáver sendo o principal suspeito, o ex-companheiro da jovem.

FUGA E OCULTAÇÃO DO CADÁVER

Ainda de acordo com Tadeu Maia, as investigações que estão sendo feitas pelo Grupo Tático Especial (GTE) de Sousa, desde o momento da denúncia em abril, com o aprofundar das apurações, os investigadores descobriram que o suspeito teria foragido para o Ceará, próximo a data do desaparecimento da vítima.

Outro ponto importante apurado pelos policiais, é que ele teria confessado informalmente para familiares dele mesmo, que havia assassinado a jovem e enterrado em um local que “ninguém descobriria”.

POR QUE O CASO DEMOROU A SER DIVULGADO?

O delegado explicou que a investigação exigia muita discrição da polícia, e para não frustrar o resultado final, foi necessário manter a calmaria no tocante a divulgar informações, para não correr o risco de atrapalhar o andamento das apurações.

BUSCAS PELO CORPO

Conforme a Polícia Civil, o local onde o suspeito e a vítima conviviam é uma área muito distinta, que envolve várias cidades da região de Sousa e isso teria dificultado as buscas. No entanto, segundo Tadeu Maia, as autoridades irão continuar com os esforços e tentar na medida do possível localizar o corpo.

DIÁRIO DO SERTÃO

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