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EXCLUSIVO: Delegado relata caso de feminicídio ocorrido em Marizópolis e diz que buscas pelo corpo continuam

O principal suspeito foi preso em São João do Rio do Peixe e o corpo da vítima está sumido há cerca de 4 meses. A Autoridade Policial disse ao Diário do Sertão que coforme apurado pelo GTE, o suspeito teria relatado a familiares que "ninguém descobriria" o local onde ele teria escondido o corpo

Por Luiz Adriano

08/08/2024 às 10h51 • atualizado em 08/08/2024 às 11h06

O delegado de Polícia Civil da cidade de Sousa, Tadeu Maia, falou com exclusividade com o Diário do Sertão e deu detalhes da investigação que resultou na prisão de um homem de 41 anos de idade, ocorrida nessa quarta-feira (6) na cidade de São João do Rio do Peixe, suspeito de ter praticado feminicídio contra sua ex-companheira, em abril deste ano na cidade de Marizópolis, e ter escondido o cadáver que até a data de hoje ainda não foi encontrado.

A vítima é a jovem Samira Pereira Bandeira, de 20 anos de idade. O corpo dela está sumido há cerca de quatro meses. De acordo com os autos, ela era ex-companheira do suspeito e tinha três filhos com ele, todos crianças. Ainda conforme as investigações, a jovem tinha Medidas Protetivas de Urgência autorizadas em desfavor do investigado.

O delegado relatou que de princípio, o caso foi tratado como desaparecimento, mas no decorrer das investigações, avançou para um possível caso de feminicídio e ocultação de cadáver sendo o principal suspeito, o ex-companheiro da jovem.

CRIANÇAS

A Autoridade Policial disse que as crianças ficaram com a avó materna.

FUGA E OCULTAÇÃO DO CADÁVER

Ainda de acordo com Tadeu Maia, as investigações que estão sendo feitas pelo Grupo Tático Especial (GTE) de Sousa, desde o momento da denúncia em abril, com o aprofundar das apurações, os investigadores descobriram que o suspeito teria foragido para o Ceará, próximo a data do desaparecimento da vítima.

Outro ponto importante apurado pelos policiais, é que ele teria confessado informalmente para familiares dele mesmo, que havia assassinado a jovem e enterrado em um local que “ninguém descobriria”.

Com os indícios em mãos, o delegado representou pela prisão temporária, que foi deferida pelo Poder Judiciário, vindo a resultar na detenção do indivíduo.

“Agora as investigações seguem o seu curso normal visando localizar o corpo, ou pelo menos o que restou dele, dessa vítima, e esclarecer definitivamente os fatos”, relatou a Autoridade Policial.

“O trabalho da Polícia Civil da Paraíba não termina por aqui, até porque não foi encontrada a materialidade própria do crime, mas os indícios são suficientes, inclusive para um indiciamento por feminicídio e ocultação de cadáver”, acrescentou.

FUNERAL

O delegado disse que as autoridades irão se esforçar o possível para encontrar o corpo para que a família possa realizar um “funeral digno”.

“A gente se preocupa também com um funeral digno se for o caso. A Polícia Civil da Paraíba vai empreender todos os esforços possíveis para que isso aconteça, e dê pelo menos esse alento aos familiares da jovem”, falou Tadeu.

POR QUE O CASO DEMOROU A SER DIVULGADO?

O delegado explicou que a investigação exigia muita discrição da polícia, e para não frustrar o resultado final, foi necessário manter a calmaria no tocante a divulgar informações, para não correr o risco de atrapalhar o andamento das apurações.

BUSCAS PELO CORPO

Ele falou também que o local onde o suspeito e a vítima conviviam é uma área muito distinta, que envolve várias cidades da região de Sousa. “Realmente é uma busca complicada, mas a gente vai realmente empreender maiores esforços e tentar na medida do possível localizar esse corpo”, concluiu.

DIÁRIO DO SERTÃO

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