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VÍDEO: “Quem matou Ianny?”, cobram ativistas da causa feminista de Cajazeiras após cinco meses do crime

As professoras Neidinha Alves e Sofia Dionízio ressaltam: "para a família, para nós enquanto mulheres, para sociedade e para a própria Ianny, nós precisamos que as pessoas ou a pessoa envolvida nesse crime seja punida dentro da lei"

Por Priscila Tavares

25/03/2024 às 17h44 • atualizado em 25/03/2024 às 18h21

Cinco meses após o assassinato de Ianny Marry, de 28 anos, o caso segue sem elucidação. No programa especial do mês das mulheres, o “Março Mulher na TV”, as professoras e ativistas da causa feminista em Cajazeiras, Neidinha Alves e Sofia Dionízio cobraram solução para o caso.

Ianny Marry foi encontrada dentro de sua residência no Conjunto Ipep, em Cajazeiras, amarrada e morta no dia 15 de outubro de 2023.

“Cinco meses após o assassinato de Ianny nós não temos nenhum desfecho da investigação e isso nos preocupa, nos preocupa muito. Porque quanto mais tempo passa, mais difícil será resolver um caso complexo como este”, disse Neidinha.

Ela destaca que a última vez que houve menção do caso Ianny, foi em dezembro de 2023, quando o delegado seccional de Cajazeiras, Antônio Luiz Barbosa Netto fazia o balanço das ações da polícia na região.

“De lá para cá nós temos silêncio. O ex-namorado foi preso um período, para investigação, e depois ele foi liberado, mas até então nós não sabemos de mais nada. Havia-se laudos técnicos a serem fechado, esses laudos já fecharam? Já chegou o resultado dos laudos de Cajzeiras? Já chegou o resultado dos laudos de João pessoa? Como é que anda? Quando nós vamos ter notícias? Quem matou Ianny? Quando essa pessoa vai ser presa?”, questionou.

Segundo as professoras, o caso de Ianny tem fortes características de feminicídio, tem uma “caracaterização de ódio a figura feminina”. A professora Sofia ressalta a importancia do caso para as mulheres e que é necessário cobrar uma solução.

Ianny Marry, achada morta no próprio quarto em Cajazeiras (Foto: Redes Sociais)

“Esse é um caso muito importante para nós da Marcha Mundial das Mulheres, porque a nossa intenção é que seja garantida justiça, que seja responsabilizada a pessoa ou as pessoas envolvidas com a morte de Ianny”, disse.

“Quanto mais o tempo passa a questão das provas, uma série de elementos, que são necessários para investigação, podem ser prejudicados e perde-se a possibilidade de qualificar como o que realmente aconteceu, que a gente acredita que tenha sido um feminicídio”, completou Sofia.

Neidinha questiona ainda, a falta de uma equipe especializada para investigar o caso e ressalta que o caso não pode cair no esquecimento, pois, segundo ela, se os envolvido não são punidos há a sensação de que o crime é válido e a lei não funciona.

“Nós precisamos [da elucidação do caso] para a família, para nós enquanto mulheres, para sociedade e para a própria Ianny, nós precisamos que as pessoas ou a pessoa envolvida nesse crime seja punida dentro da lei”, disse.

O CASO

Ianny Marry, de 28 anos, foi achada morta no próprio quarto, com as mãos amarradas e um pano tampando suas vias aéreas, no Conjunto Ipep, Zona Norte de Cajazeiras, na tarde do dia 15 de outubro de 2023.

A vitima foi morta por asfixia mecânica. Segundo a perícia, havia indícios de luta corporal no quarto onde Ianny foi encontrada morta, mas não havia sinais de arrombamento na casa, o que leva à suspeita de que o autor do crime era próximo à vítima.

DIÁRIO DO SERTÃO

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