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VÍDEO: Operação cumpre mandados contra jovem na PB suspeito de ameaçar invadir escolas para realizar massacres

O investigado não foi preso, mas teve pertences apreendidos que servirão para futuras apurações. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo dois na Paraíba e 1 em São Paulo

Por Luiz Adriano

08/08/2023 às 10h46 • atualizado em 08/08/2023 às 17h32

A segunda fase da Operação Pessinus foi deflagrada na manhã desta terça-feira (08) onde estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão no estado da Paraíba e 1 mandado em São Paulo.

Na Paraíba, o alvo é um jovem de 19 anos que reside em João Pessoa. Conforme as investigações, ele é suspeito de gravar vídeos onde faz ameaças de invasão e massacre a escolas.

Segundo o portal de notícias G1/PB, o delegado João Ricardo, da Delegacia de Crimes Cibernético, em João Pessoa, disse que “ele [o suspeito] chegou a gravar e postar vídeos, mascarado, informando como ia entrar em uma determinada escola [de João Pessoa], mostrando a entrada e a saída, e como entraria lá e mataria pessoas”.

O investigado não foi preso, mas na busca e apreensão ele teve pertences apreendidos que servirão para futuras apurações.

O delegado ressaltou que nos vídeos, o rapaz exibe uma arma de fogo, no entanto a polícia não pôde precisar se é real ou se trata de um simulacro, visto que, não foi encontrada nas ações desta terça-feira (08). João Ricardo enfatizou que há uma rede de contatos entre suspeitos.

“Todos esses adolescentes, e o jovem daqui de João Pessoa, estão interligados entre si, por meio de grupos em redes sociais. Eles se comunicam por lá […]”, disse.

Foto: divulgação/Polícia Civil

INVESTIGAÇÕES

A “Operação Pessinus” foi deflagrada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministérios Públicos de Santa Catarina (CyberGaeco), São Paulo (CyberGaeco), Paraíba (GAECO) e Polícias Civis dos Estados de São Paulo e Paraíba (DECC-Delegacia de Crimes Cibernéticos).

O objetivo da ação é dar continuidade a ação de combate a crimes de constrangimento ilegal, ameaça, violência psicológica contra a mulher, estupro de vulnerável, apologia de crime ou criminoso, bem como incitação à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, todos praticados no âmbito da internet.

PRIMEIRA FASE

Durante a primeira fase da Operação Pessinus foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de internação provisória nas cidades de Ilha Grande/PI; Biguaçu/SC; Lucas do Rio Verde/MT; Macaé/RJ. As polícias do Rio de Janeiro e Mato Grosso apoiaram a ação.

A operação iniciou com o trabalho do Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) do Ministério Público de Santa Catarina, notadamente com a detecção da existência de perfis em redes sociais que demonstravam a intenção de cometer atos graves de violência contra pessoas, incluindo estupros e mutilações, massacres em estabelecimentos de ensino e culto e enaltecimento a símbolos ligados ao nazismo.

Com base nas informações recebidas, a Polícia do Piauí instaurou inquérito e representou judicialmente por mandados de busca e apreensão, bem como internação provisória dos adolescentes infratores.

Um dos adolescentes investigados no estado do Piauí possuía perfis de culto a símbolos nazistas, incluindo imagens de automutilação e a cruz suástica. Além de idolatrar e propagar imagens de assassinos de massacres escolares, praticava por meio desses perfis apologia e incitação a crimes contra a vida, bem como divulgava link de acesso a um grupo de mensagens, onde conteúdos proibidos de tortura, pedofilia, crueldade contra animais e pessoas são compartilhados, promovendo comportamentos perturbadores e ilegais.

Legislação: Os investigados devem responder pela prática dos crimes de previstos nos artigos 146 (Constrangimento ilegal), 147 (ameaça), 147-B (Violência psicológica contra a mulher), 217-A (Estupro de vulnerável) e art. 287 (Apologia de crime ou criminoso) do Código Penal, assim como do art. 20, § 1º, da Lei n. 7.716/89.

Operação Pessinus: o nome faz alusão a cidade que serviu de sepultamento ao semideus Átis, da mitologia grega. De acordo com a mitologia, Átis acabou enlouquecendo e se automutilando como forma de expiação ou como parte de rituais religiosos. Ele foi morto e seu túmulo está na cidade de Pessinus, simbolizando, dessa forma o fim da automutilação e reforçando o objetivo da operação em garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes.

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