VÍDEO: Delegado seccional de Itaporanga diz que investigações tendem a demorar devido a exigências da Lei

O delegado da 17ª Delegacia Seccional de Polícia Civil (DSPC) de Itaporanga, Ilamilto Simplício, conversou com a reportagem da TV Diário do Sertão, e comentou sobre a prisão do principal suspeito de ter matado o itaporanguense Luiz Weber Antony de Faria Júnior em agosto de 2022.

A Autoridade Policial explicou que houve um trabalho minucioso quanto às investigações e disse que nesses momentos de demora na elucidação de casos como este, é comum as famílias das vítimas cobrarem agilidade, no entanto, segundo Ilamilto, “o trabalho de investigação é um trabalho de paciência e de inteligência”.

No caso citado o qual foi de grande repercussão no Vale do Piancó, o delegado ressaltou que o trabalho no referido inquérito policial sempre foi feito desde o início com toda dedicação da Polícia Civil. Segundo ele, foram feitas as petições por todas as medidas cautelares necessárias; oitivas de pessoas, inclusive de parentes da vítima; representação pela prisão temporária do investigado e demais ações. Ele enfatizou que houve uma demora do judiciário para despachar o pedido de prisão.

“O trabalho de investigação é um trabalho lento, é um trabalho de paciência. É preciso aguardar um momento certo para se efetuar algumas prisões”, destacou.

“O maior prazer que a polícia tem é prender bandidos, é prender quem comete crime, é o nosso trabalho, é o nosso ponto máximo da nossa profissão […]. Muitas vezes há alguma demora porque em alguns aspectos a Lei exige alguns procedimentos que tem que ser seguido e a gente tem que seguir esses procedimentos”, explicou o delegado.

Ilamilto Simplício – delegado seccional de Itaporanga – foto: Diário do Sertão

BUROCRACIA

Dr. Ilamilto detalhou que tais exigências da Lei impede que a polícia realize uma prisão por exemplo, de alguém que não esteja em estado de flagrância. Ele falou que em um caso assim, a Polícia Civil precisa representar ao Poder Judiciário, que por sua vez abre vista ao Ministério Pública, daí o promotor dá o parecer e em seguida o juiz emite uma ordem, e só então é que o caso retorna para os policiais realizarem a prisão já com o mandado judicial em mãos. “Muitas vezes pode demorar”, frisou o delegado.

CASO DE REPERCUSSÃO

O principal suspeito de ter matado Luiz Weber Antony de Faria Júnior, foi preso nesta quarta-feira (05) na cidade de Juazeiro do Norte, no Cariri cearense. Ele foi localizado e detido por meio de uma ação desencadeada pela equipe do Grupo Tático Especial (GTE) de Itaporanga, investigadores da Delegacia de Conceição e policiais civis de Juazeiro do Norte/CE. Segundo o delegado Ilamilto Simplício, foram três tentativas de prendê-lo no Estado do Ceará, até que foi possível concluir a prisão.

Ainda de acordo com o delegado, o preso encontra-se detido no Ceará, mas serão realizados os trâmites legais para que ele seja recambiado para o estado da Paraíba.

Luiz Weber Antony de Faria Júnior ficou desaparecido por oito meses, sendo possível que ele tenha sido assassinado em agosto de 2022 – foto: reprodução/redes sociais

RELEMBRE

O corpo do itaporanguense foi encontrado no sítio Frade, na zona rural de Itaporanga, na região do Vale do Piancó, em abril deste ano. Luiz Weber Antony de Faria Júnior, de 60 anos, o qual era conhecido popularmente por ‘Junior de Nereida’, estava desaparecido desde agosto de 2022, época que supostamente ocorreu o crime.

De acordo com a polícia, o cadáver foi visto por uma filha de Luiz Weber próximo a uma casa abandonada em uma propriedade que pertence à família.

DIÁRIO DO SERTÃO

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