VÍDEO: Com exclusividade TV Diário do Sertão escuta família de Ananda Vitória; veja depoimentos
"Isso me dói, me dói muito, porque era um procedimento que tinha que ter sido feito cedo, mas foram fazer o procedimento já era muito tarde", disse a mãe da criança
A produção do programa Balanço Diário foi até o sítio Cambito, zona rural de Triunfo, no Alto Sertão paraibano, e visitou a residência da família da pequena Ananda Vitória, de 3 anos, que faleceu na tarde da última sexta-feira (22), no Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB) de Cajazeiras.
Na ocasião, o apresentador Fernando Antonio ouviu a família a qual está bastante abatida com a situação, principalmente no que diz respeito aos novos desfechos apresentados pela equipe médica do HUJB, que relatou a existência de lesões na genitália da criança, caso que foi comunicado à Polícia Civil pela própria unidade hospitalar.
A mãe da criança, Ana Paula Batista da Silva, falou durante a entrevista que desconhece a situação e afirmou que sua filha não saiu de casa com tais lesões.
Ao negar um suposto estupro, a mãe de Ananda disse que não se afastava da filha em nenhum momento. “Para onde eu ia minha filha ia”.
Ana Paula disse ainda que antes de sair de casa na sexta-feira (22) pela manhã, colheu a urina de Ananda e asseou a criança. Ela disse que nada de anormal havia nas partes íntimas da menina. “Nada de estranho tinha na minha filha”, relatou.
“A gente está em choque”, disse Ana Paula que garantiu: “Minha filha não saiu de casa com isso”.
PAI
O pai de Ananda, Francisco Cesário, conhecido como Chico, o qual é esposo de Ana Paula há 12 anos, se emocionou ao falar sobre o caso: “Só sabe a dor que estou passando quem é pai, quem é pai, não é fácil não, o cara perder uma criança de três anos de idade”, disse.
RELATO
Ana Paula disse que na quinta-feira (21) sua filha se queixou de uma dor abdominal e apresentou um estado febril. Ela decidiu levá-la para uma unidade de saúde de Poço de José de Moura, onde foi atendida e após ser avaliada por uma
médica, retornou para casa com alguns exames para fazer, mas não tinha como realizar por causa do feriado. Ela explicou também que a doutora não receitou nenhum medicamento, porque disse que não sabia a causa da dor.
Ainda na quinta-feira (21), após chegar em casa, a mãe da criança relatou que a pequena Ananda Vitória continuava molenga e sentindo dor. Novamente Ana Paula levou sua filha para um serviço médico, só que desta vez em São João do Rio do Peixe. Lá, Ananda foi atendida por um médico que novamente passou exames para a menina.
NA SEXTA-FEIRA
Já na sexta-feira (22) pela manhã, a criança foi levada para fazer os exames em uma clínica particular de Triunfo. Ao retornar, mais uma vez a mãe da criança percebeu que ela piorava cada vez mais. “A gente ficou desesperado, levamos de novo para Triunfo porque tinha médico”.
Ao chegar no médico de Triunfo, após ser avaliada, Ana Paula disse que o médico falou que a situação dela era grave e que iria fazer um encaminhamento para São João do Rio do Peixe.
Já em São João, Ananda foi atendida por uma médica que segundo Ana Paula, foi muito bem atendida pela profissional. Ela disse que a doutora, ao ver a situação de sua filha, ligou para o HUJB e pediu internamento.
A partir daí, segundo a mãe da criança, iniciou-se a negatividade da unidade cajazeirense em não querer receber a paciente, alegando que não tinha vaga e que a médica de São João medicasse a menina. A mãe da criança disse também que a equipe do HIJB teria pedido que a criança fosse intubada em São João do Rio do Peixe, mas a Dra. teria dito que não havia equipamenteo suficiente para realizar o procedimento.
BO
Ana Paula relatou que a médica teria falado para a família se dirigir até a delegacia e fazer um Boletim de Ocorrência (BO) relatando o caso. Ela explicou que nesse ínterim, enquanto sua acompanhante estava chegando na delegacia para prestar a queixa, o SAMU chegou no hospital de São João do Rio do Peixe e conduziram a criança para o HUJB,
ENTRADA NO HUJB E O ÓBITO
Ela explicou que ao chegar no HUJB fez a ficha e imediatamente sua filhinha já foi para uma sala de atendimento onde foi pedido que a mãe se ausentasse do local, porque não podia ficar presente durante os procedimentos.
Ana Paula disse que percebeu uma certa apreensão da equipe e disseram que teriam que intubar a paciente. Poucos minutos depois deram uma notícia que a menina tinha dado uma parada e não tinha resistido.
“Isso me dói, me dói muito, porque era um procedimento que tinha que ter sido feito cedo, mas foram fazer o procedimento já era muito tarde. Minha filha já estava muito fraquinha. A gente chegou em São João do Rio do Peixe era 10h, minha filha foi atendida acho que já era meio dia perto de uma hora já”, relatou a genitora.
“Tá muito difícil gente, tá muito difícil mesmo, porque Ananda era a alegria desta casa, ela e a irmãzinha dela”, disse Ana Paula.
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Veja o programa Balanço Diário desta terça-feira (26) na íntegra:
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