VÍDEO: PM baleado pelo filho em chacina de Patos chora, diz que o ama e que não quer que ele fique preso
O sargento atribuiu a atitude do menor a algumas séries e jogos que ele vinha assistindo que não valoriza a família. O PM disse que teria visto conversas de colegas de seu filho sobre oprimir pais e professores
O sargento militar da reserva, Benedito da Silva Araújo, de 56 anos, que foi atingido no tórax por um disparo de arma de fogo efetuado pelo seu próprio filho de 13 anos de idade, no último sábado (19) na cidade de Patos, gravou um áudio que em lágrimas, ressalta que irá cuidar de seu filho com todo seu amor.
“Eu não quero que ele fique preso não, eu quero que ele fique em liberdade. Ele é uma criança boa. Eu vou voltar para cuidar dele com todo meu amor”, disse o sargento.
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No áudio ele diz que seu filho foi criado “com muito carinho, com muito amor”. Segundo o PM, o nome do garoto é um nome bíblico porque foi um pedido que ele fez a Deus.
O sargento disse ainda que seu filho não é um menino mal e atribuiu a atitude dele a algumas séries e jogos que ele vinha assistindo, onde não valoriza família, e acrescentou que teria visto algumas conversas de colegas do adolescente sobre oprimir os pais e os professores.
A CHACINA
Mãe e filho foram mortos a tiros na tarde do último sábado (19), na rua Oscar Torres, bairro Jardim Guanabara, na cidade de Patos, no Sertão paraibano. O esposo da mulher e pai da criança foi baleado e socorrido pelo SAMU para o Complexo Hospitalar Regional Janduhy Carneiro.
A PM foi acionada e ao chegar no local foi constatado o duplo homicídio e a tentativa de homicídio. O local foi isolado e a guarnição aguardou a chegada dos peritos da Polícia Civil.
Os corpos de mãe e filho foram removidos ao IPC para realização de exames cadavéricos. Ambas as vítimas foram identificadas como Iranilda de Sousa Medeiros Araújo, de 47 anos e Gabriel de Sousa Medeiros Araújo, de 7 anos.
MOTIVAÇÃO
O autor do Ato Infracional disse à polícia que, o que levou ele a praticar o crime seria porque seus pais não estavam permitindo que ele jogasse um jogo online por nome de Roblox. Ele acrescentou ainda que era pressionado por está tirando notas baixas na escola, porque em casa seu tempo era voltado para o jogo. O delegado falou que o garoto disse que se sentia pressionado quando era pedido para ele fazer algumas tarefas de casa do dia-a-dia como arrumar uma cama, enxugar uma louça, ou coisa do tipo.
Conforme o depoimento, o menor teria dito que a “gota d’água” foi o pai ter tomado seu celular impedindo-o de fazer uso do aparelho.
ESTADO DE SAÚDE DO SARGENTO
Ainda na noite do sábado (19), o sargento teve que ser transferido para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande.
A assessoria do hospital campinense, informou na manhã desta quarta-feira (23), que o paciente permanece internado na Área Vermelha do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes e seu quadro segue grave, mas estável.
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