header top bar

section content

VÍDEO: Forças de Segurança realizam operação no Sertão da PB para desarticular orcrim que sonegava ICMS

Sem o recolhimento do ICMS devido as operações ilegais, o prejuízo ao Estado da Paraíba chega a R$ 230 milhões

Por Luiz Adriano

07/10/2021 às 11h45 • atualizado em 07/10/2021 às 12h02

Uma operação policial foi deflagrada no início da manhã desta quinta-feira (07) denominada de Operação Terceiro Mandamento. A ação visa cumprir 39 mandados judiciais, na Paraíba, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul, sendo 25 de busca e apreensão e 14 de prisão, todos eles oriundos da 2ª Vara Mista de Sousa, no Sertão paraibano. Na Paraíba, a Operação foi desencadeada na Capital João Pessoa e nos municípios de São Bento e Sousa, no Sertão.

Na ação, foram mobilizados mais de 250 agentes públicos, dentre policiais civis, militares e rodoviários federais, auditores fiscais estaduais, promotores de Justiça e outros servidores públicos.

VEJA TAMBÉM

No Sertão da PB, operação conjunta da Sefaz com PRF apreende cargas irregulares avaliadas em R$ 1 milhão

No Sertão, a operação foi deflagrada nas cidades de Sousa e São Bento. (Foto: divulgação/PRF/PB).

A força-tarefa tem por objetivo desarticular uma organização criminosa cuja atuação consiste na constituição de empresas de fachada com a finalidade de viabilizar a circulação de mercadorias, sem o recolhimento do ICMS devido ao Estado da Paraíba, haja vista que as notas fiscais de tais mercadorias são emitidas para tais empresas, beneficiando assim, os reais destinatários, grandes empresários do sertão paraibano, que as recebem desacompanhadas da necessária documentação fiscal.

A atuação conjunta engloba o Núcleo de Combate à Sonegação Fiscal do Estado da Paraíba, composto pela Secretaria de Estado da Fazenda, por meio da Gerência de Combate à Fraude Fiscal; Ministério Público da Paraíba, por meio da Promotoria de Justiça de Crimes Contra a Ordem Tributária e do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco); Secretaria de Segurança e Defesa Social (Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária e Polícia Militar) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

A Orcrim é dividida em núcleos de atividades, dentre eles, o ‘Gerencial’ e o de ‘Falsificação’ e é responsável por possibilitar a circulação e entrada, na Paraíba, de grande volume de mercadoria, advinda de vários estados do Brasil, cujos fornecedores participam ativamente do esquema criminoso, assim como, os empresários beneficiários de tal esquema, vez que, comercializam tais produtos sem o pagamento do imposto.

INVESTIGAÇÕES

Durante as investigações, foram identificadas aproximadamente 80 empresas de fachada, criadas e utilizadas pelo grupo criminoso para recebimento e emissão de notas fiscais inidôneas, com a finalidade de acobertar a circulação de mercadorias entre as empresas fornecedoras de produtos e beneficiárias do esquema, recaindo o ônus tributário em interpostas pessoas, sem capacidade financeira para o pagamento do tributo, o que resulta na supressão dos tributos e em grave dano à coletividade paraibana.

Em virtude das atividades criminosas desenvolvidas pela Orcrim, constatou-se que, durante o período investigado, foram emitidas, de forma inidônea, aproximadamente 11 mil notas fiscais de entrada de mercadorias e 45 mil notas fiscais de saída, resultando em um total comercializado de R$ 881 milhões de reais, sem o recolhimento do ICMS devido em tais operações, o que resulta em um prejuízo ao Estado da Paraíba, já comprovado, de R$ 230 milhões.

Ouça o áudio do assessor da PRF Heraldo Maciel onde ele explica detalhes da operação:

No Sertão, a operação foi deflagrada nas cidades de Sousa e São Bento. (Foto: divulgação/PRF/PB).

PORTAL DIÁRIO

Recomendado pelo Google: