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VÍDEO: População se revolta com matança de animais em Cajazeiras, e polícia abre inquérito para apurar

Integrantes de um movimento em defesa dos animais conseguiram salvar alguns cães e gatos envenenados em vários bairros. Porém, a maioria dos mortos é filhotes

Por Jocivan Pinheiro

30/09/2019 às 14h52 • atualizado em 30/09/2019 às 14h59

A protetora de animais e coordenadora do Núcleo de Zoonoses de Cajazeiras, Cléo Moura, registrou um boletim de ocorrência na Central de Polícia Civil, na manhã desta segunda-feira (30), porque na noite do sábado ela foi acionada por outras protetoras para socorrer cães e gatos que ingeriram comidas envenenadas.

Com um trabalho em equipe, os integrantes do movimento em defesa dos animais conseguiram salvar alguns cães e gatos, porém a maioria dos mortos foi filhotes.

“Eu não sabia direito o que fazer diante da aflição. Eu fui me comunicando com o veterinário da Zoonoses e medicando esses animais, só que apenas duas cachorrinhas sobreviveram. Eram oito”, relatou Cléo Moura.

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De acordo com informações da Zoonoses, casos de envenenamento de animais foram registrados em vários bairros da cidade. Mas foi em um terreno localizado no Centro que a matança foi maior.

“Eu fui encontrando gato e cachorro morto, principalmente os filhotes. Quando eu cheguei lá eu comecei a juntar os corpos. Tinha filhotes grunhindo dentro do mato e filhotes mortos, inclusive, dentro da vasilha de comida. Os animais foram morrendo e eu me senti impotente por não poder fazer nada”.

Cléo Moura (à esquerda) e uma amiga ajudam cãozinho que foi envenenado

A Polícia Civil de Cajazeiras abriu um inquérito para investigar o massacre e o responsável pelo ato pode ser enquadrado no crime de Crueldade contra Animais, que encontra respaldo legal na Lei de Contravenções Penais e Lei de Crimes Ambientais (Lei 3688/41, art. 64 e Lei 9605/98, art. 32).

“Eu sei que não existe crime perfeito. Vai ser investigado e uma hora alguém vai dizer quem foi porque tem pessoas que viram, mas que têm medo porque quem é capaz de matar um animal, também é capaz de matar um ser humano”, disse Cléo Moura.

Redação DIÁRIO DO SERTÃO

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