REVIRAVOLTA: Laudo coloca em dúvida se corpo encontrado em Cajazeiras é mesmo o de Victória Albuquerque
De acordo com a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de Cajazeiras, laudo não confirma se os restos mortais são ou não da adolescente assassinada
Reviravolta no caso Victória. Um ano depois da morte da adolescente em Cajazeiras, uma nova informação lança dúvidas sobre a identidade do corpo.
De acordo com a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de Cajazeiras, Laurecy Penaforte, que está acompanhando a luta da mãe para conseguir sepultar os restos mortais da filha, o laudo da Polícia Científica de Campina Grande que chegou à Superintendência de Polícia Civil de Cajazeiras não confirma se os restos mortais são ou não da adolescente.
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Segundo Laurecy Penaforte, a dona de casa Verônica Albuquerque, mãe de Victória, foi indagada na delegacia se a adolescente era mesmo sua filha. Para a secretária, a incerteza do laudo e essa pergunta trouxeram ainda mais dor para a família.
“Ela é uma mulher extraordinária, guerreira, que não se rebaixa ao sofrimento. Está transforando seu luto em luta, e a gente se junta à dor dela”, disse a secretária.
Laurecy afirma que os movimentos organizados de luta pelos direitos das mulheres vão exigir que o IPC realize novo exame, inclusive colhendo materiais do irmão gêmeo de Victória.
“Isso não é uma resposta que se apresente nem para a família, nem para a sociedade de Cajazeiras, nem para os movimentos de mulheres. Nós não aceitamos isso”.
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O caso
Victória Albuquerque foi assassinada aos 17 anos de idade na zona rural de Cajazeiras em julho de 2017. As investigações concluíram que ela foi morta por asfixia e golpes de porrete. O corpo só foi encontrado por um agricultor 15 dias depois, em avançado estado de decomposição. O que levou a família a confirmar que se tratava de Victória foram as roupas.
O acusado é um jovem de 19 anos que está preso. Ele confessou dois homicídios. Além de Victória, o jovem também matou Thayza Criszantina Alves de Lima, 28 anos, com os mesmos requintes de crueldade.
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