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EXCLUSIVO: Reportagem mostra por onde advogada tentou passar celulares a cliente no presídio de Cajazeiras; direção inicia revista

Direção do presídio decidiu passar a revistar os advogados antes de encaminhá-los ao parlatório, local onde conversam com seus clientes reservadamente

Por Jocivan Pinheiro

12/04/2017 às 18h38 • atualizado em 12/04/2017 às 18h43

Uma semana após a advogada Catharine Rolim Nogueira ter sido flagrada tentando entregar cinco celulares a um cliente durante visita na Penitenciária Padrão Regional de Cajazeiras, a direção do presídio decidiu passar a revistar os advogados antes de encaminhá-los ao parlatório, local em que eles conversam com seus clientes reservadamente.

Conforme explica o diretor do presídio, Thales Almeida, a medida foi tomada em comum acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção Cajazeiras. Os advogados serão revistados por um agente que usará um detector de metais. O diretor garante que não haverá contato corporal entre o agente da revista e o advogado, bem como nenhum ato que possa constranger o visitante.

“Não tem nenhum tipo de invasão a privacidade, é só uma questão da gente manter a segurança da unidade, sobretudo em virtude do que aconteceu na semana passada com a prisão de uma advogada no momento em que ela efetuou a entrega de alguns celulares a um preso”, justifica Thales Almeida.

VEJA TAMBÉM: Ministério Público ‘pede a cabeça’ de advogada de Cajazeiras acusada de entregar celulares a detento em presídio

Diretor do presídio mostra o parlatório, onde advogados conversam com clientes

A reportagem da TV Diário do Sertão adentrou às instalações do presídio e mostrou, com exclusividade, como e onde a revista acontece e por onde a advogada tentou entregar os celulares ao seu cliente.

“Infelizmente foi um caso isolado que aconteceu e a gente tem que tomar medidas para evitar que isso aconteça novamente. Não vai ser nada vexatório, que atinja a intimidade do advogado, até porque a gente tem respeito pela advocacia. Todos eles vão ser tratados de maneira respeitosa, da forma que a gente sempre tratou todos aqui”, completou o diretor do presídio.

A advogada se pronunciou recentemente e atribuiu o fato a questões políticas, pois teria exercido cargos importantes em algumas gestões municipais. Ela alegou ainda que seu celular foi deixado na entrada do presídio e que tudo não passou de um “mal entendido”.

Placa avisa que advogados serão revistados antes de entrarem

DIÁRIO DO SERTÃO

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