EXCLUSIVO: Reportagem mostra por onde advogada tentou passar celulares a cliente no presídio de Cajazeiras; direção inicia revista
Direção do presídio decidiu passar a revistar os advogados antes de encaminhá-los ao parlatório, local onde conversam com seus clientes reservadamente
Uma semana após a advogada Catharine Rolim Nogueira ter sido flagrada tentando entregar cinco celulares a um cliente durante visita na Penitenciária Padrão Regional de Cajazeiras, a direção do presídio decidiu passar a revistar os advogados antes de encaminhá-los ao parlatório, local em que eles conversam com seus clientes reservadamente.
Conforme explica o diretor do presídio, Thales Almeida, a medida foi tomada em comum acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção Cajazeiras. Os advogados serão revistados por um agente que usará um detector de metais. O diretor garante que não haverá contato corporal entre o agente da revista e o advogado, bem como nenhum ato que possa constranger o visitante.
“Não tem nenhum tipo de invasão a privacidade, é só uma questão da gente manter a segurança da unidade, sobretudo em virtude do que aconteceu na semana passada com a prisão de uma advogada no momento em que ela efetuou a entrega de alguns celulares a um preso”, justifica Thales Almeida.
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A reportagem da TV Diário do Sertão adentrou às instalações do presídio e mostrou, com exclusividade, como e onde a revista acontece e por onde a advogada tentou entregar os celulares ao seu cliente.
“Infelizmente foi um caso isolado que aconteceu e a gente tem que tomar medidas para evitar que isso aconteça novamente. Não vai ser nada vexatório, que atinja a intimidade do advogado, até porque a gente tem respeito pela advocacia. Todos eles vão ser tratados de maneira respeitosa, da forma que a gente sempre tratou todos aqui”, completou o diretor do presídio.
A advogada se pronunciou recentemente e atribuiu o fato a questões políticas, pois teria exercido cargos importantes em algumas gestões municipais. Ela alegou ainda que seu celular foi deixado na entrada do presídio e que tudo não passou de um “mal entendido”.
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