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VÍDEO: Profissionais do IFPB aderem à greve nacional dos servidores administrativos e docentes federais

Picuí, Patos, Guarabira, Cajazeiras, Sousa, Campina Grande, Monteiro e João Pessoa, fazem parte dos 8 campis paraibanos que já aderiram à greve

Por Luiz Adriano

27/03/2024 às 10h24 • atualizado em 27/03/2024 às 10h31

O Instituto Federal da Paraíba (IFPB) aderiu à greve nacional dos servidores administrativos e docentes federais. O anúncio se deu após realização de uma assembleia realizada no Campus IFPB João Pessoa nessa terça-feira (26) quando na ocasião a proposta foi aprovada com 263 votos favoráveis. O início da paralisação está marcada para o próximo dia 3 de abril.

Segundo o SINTEFPB (Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba), “ainda serão realizadas outras assembleias de base do SINTEFPB, porém, todas realizadas até o momento, tiveram a aprovação massiva da adesão à greve”, texto das rede sociais do sindicato.

Conforme o órgão, os profissionais lutam por: reestruturação das carreiras de técnicos e docentes; recomposição Salarial; revogação de todas as normas aprovadas pelos governos Temer e Bolsonaro, que prejudicam a educação federal; recomposição do orçamento e reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.

O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica Profissional e Tecnológica da Paraíba, Hélio de França, afirma que a decisão pela greve ocorre após o Governo Lula se mostrar resistente em atender os pleitos dos servidores.

“O diálogo é sempre muito vazio sem propostas concretas, sem propostas reais que impactem positivamente os servidores. Depois de um processo duro ai de muito tempo sem reajuste oferecer em 2024 0% para um conjunto de trabalhadores e trabalhadoras que ficou amargando oito anos sem reajuste é muito complexo essa situação”, destacou.

Picuí, Patos, Guarabira, Cajazeiras, Sousa, Campina Grande, Monteiro e João Pessoa, fazem parte dos 8 campis paraibanos que já aderiram à greve.

Assembleia realizada nessa terça-feira (26) com servidoras do IFPB campus João Pessoa – Foto: divulgação/sintefpb

A Reitoria do Instituto Federal da Paraíba emitiu uma nota acerca das deliberações sobre a greve e se mostrou a favor das reivindicações. Na nota, a reitora fala da preocupação sobre os efeitos extensivos de uma greve, destaca que o Governo Federal já instaurou um Grupo de Trabalho para dialogar as questões, além de outros pontos importantes.

“Reconhecemos a legitimidade e urgência das reivindicações que têm pautado o movimento paredista. Ao mesmo tempo em que compartilhamos a mesma aflição pelo desmonte do qual a rede federal foi alvo nos últimos anos”, diz um trecho da nota.

Veja a nota na íntegra:

A Reitoria do Instituto Federal da Paraíba vem a público se manifestar a respeito do indicativo de greve aprovado em assembleias organizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (Sintef-PB).

Reafirmamos que o direito à greve é Constitucional, cabendo às entidades de classe garantir a interlocução com o governo. E cabendo ao governo ampliar o diálogo e oferecer alternativas ao conjunto de servidores mobilizados para a greve.

Reconhecemos a legitimidade e urgência das reivindicações que têm pautado o movimento paredista. Ao mesmo tempo em que compartilhamos a mesma aflição pelo desmonte do qual a rede federal foi alvo nos últimos anos.

Também manifestamos nossa preocupação sobre os efeitos extensivos de uma greve no percurso formativo dos nossos estudantes. Nesse sentido, enfatizamos a importância do diálogo entre os segmentos e nos comprometemos em realizar o acompanhamento e a gestão da necessária reposição das atividades que eventualmente venham a ser suspensas.

Destacamos ainda que o Governo Federal já instaurou um Grupo de Trabalho, há meses, para dialogar estas questões com as representações sindicais e acreditamos que o pleito está sendo analisado em sua seriedade.

De nossa parte, garantimos aos servidores que: a gestão manterá um canal de negociação e diálogo permanente com o Sindicato; a gestão encaminhará junto às instâncias superiores as reivindicações de técnico-administrativos e de docentes; a gestão irá garantir o direito à manifestação e à reivindicação dos trabalhadores da educação.

Destacamos que a valorização dos servidores da educação é essencial para o desenvolvimento do país e que a garantia da oferta de educação profissional pública e de qualidade é uma causa que une a todos nós.

Nessa mesma perspectiva, o Conselho Superior (Consuper) do IFPB, que é composto por representantes de todos os segmentos da instituição e da comunidade externa, aprovou por unanimidade moção de apoio a mobilização organizada pelos servidores.

Cordialmente,

Mary Roberta Meira Marinho – reitora do Instituto Federal da Paraíba

25 de março de 2024

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